Líder do PCdoB na Câmara, o deputado federal Daniel Almeida não acredita que as novas polêmicas envolvendo o presidente Jair Bolsonaro (PSL) irão impactar na votação da reforma da Previdência. O texto já foi aprovado em primeiro turno, mas terá que será apreciado novamente pela Casa após o recesso parlamentar.
“[A aprovação da reforma] não teve a participação direta dele. O que ele participou foi alimentando algum fisiologismo. A articulação política foi construída no ambiente do Congresso Nacional, especialmente, na Câmara, e particularmente dirigida pelo Rodrigo Maia. Esse cenário não foi desfeito. Pode ter dispersão de um ou outro voto, mas acho que não tenha potencial para alterar de forma profunda”, afirmou, em entrevista publicada no Bahia Notícias, durante a inauguração da Policlínica de Vitória da Conquista.
Nos últimos dias, Bolsonaro defendeu que seu filho, Eduardo Bolsonaro, vire embaixador nos Estados Unidos. Além disso, atacou Fernando Santa Cruz, pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe de Santa Cruz, e desaparecido na ditadura.
O comunista voltou a criticar o governo de Bolsonaro. Afirmou que o presidente tenta “resgatar um modelo ditatorial” e defendeu que o Congresso tome medidas para “preservação do estado democrático”. “Ele está tomando medidas nesta direção. Em alguns casos, com mais rigor no sentido de fechamento do processo democrático. Só vale o que ele pensa. Os fatos não têm significado. Tem perseguição a quem pensa diferente. Tem passado por cima da Constituição”, criticou o deputado.