O Governo Bolsonaro pretende fazer uma “profunda revisão” do Sistema S, que é composto por entidades como Sesi e Senai (indústria), Sesc e Senac (comércio), Sebrae (micro e pequenas empresas), e Sest e Senat (transportes). Essas organizações são financiadas através de tributos recolhidos pelos empregadores e repassados ao Governo Federal.
Segundo especialistas do governo eleito, o Sistema S tem hoje um orçamento de cerca de R$ 24 bilhões. A fim de estimular a geração de empregos, a ideia será cortar boa parte destas contribuições (entre 30% e 50%) para reduzir o custo – ou faturamento – das empresas.
O deputado federal José Rocha (PR-BA), autor do projeto de lei que propõe a destinação ao Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) de 25% do total dos recursos dirigidos às instituições do Sistema S, é a favor da mudança apontada pelo novo governo. “Eu acho correta essa decisão. O Sistema S fatura mais de R$ 20 bilhões por ano, então nada mais justo que uma parte desses recursos fique para a desoneração da folha de pagamento e a outra parte para a segurança pública”, afirmou Rocha ao site Bocão News.
Segundo publicação, Rocha lembrou que haverá a retirada apenas de parte dos recursos, pois o Sistema S desenvolve uma ação importante de formação de mão de obra para a sociedade brasileira. “Mas R$ 24 bilhões é muito dinheiro para ser aplicado todo em formação de mão de obra”, destacou o parlamentar. Rocha ainda advertiu que a aplicação desses recursos precisa ser melhor fiscalizada pelos órgãos competentes.