A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) afirmou nesta terça-feira (24), em suas redes sociais, que se manterá de licença “por tempo indeterminado” de suas atividades parlamentares após o assassinato do irmão, o médico Diego Bomfim, em um ataque de criminosos no Rio. O crime, que completará três semanas nesta quinta-feira, ocorreu em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste da capital fluminense, e vitimou de forma fatal outros dois médicos.
Segundo o comunicado divulgado nesta terça, os perfis de Sâmia nas redes retomarão suas atividades “gradualmente”, tocados pela equipe de assessores da parlamentar. Na sequência de postagens, Sâmia também agradeceu manifestações de solidariedade a ela e a seus familiares.
“Em decorrência da situação, Sâmia encontra-se em licença de suas atividades parlamentares, por tempo indeterminado. (…) A Equipe Sâmia retomará gradualmente as atividades nas redes sociais, a fim de apoiar e dar visibilidade às lutas e demandas sociais com as quais o mandato é comprometido”, diz o comunicado.
NOTA OFICIAL
A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) agradece novamente toda a solidariedade a ela e sua família diante do assassinato bárbaro de seu irmão, Diego Bomfim, e seus dois amigos e colegas de profissão, Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida. (1/5) pic.twitter.com/vat0sJRYFc
— Sâmia Bomfim (@samiabomfim) October 24, 2023
A nota defendeu ainda a adoção de um modelo de combate ao crime organizado “com inteligência e efetividade e no qual a segurança pública, assim como todas as áreas sociais, seja valorizada e garantida, respeitando os direitos de todas e todos”.
A principal linha de investigação sobre o assassinato dos médicos Diego Bomfim, Marcos Corsato e Perseu de Almeida é de que este último teria sido confundido com um miliciano que morava nas imediações do quiosque, e foi alvo de um atentado de um grupo rival.
Em entrevista ao GLOBO na semana passada, Sâmia afirmou que costuma receber ameaças pela internet, e que esse tipo de intimidação não cessou mesmo com a morte do irmão. A parlamentar disse, por outro lado, que não duvida da linha de investigação sobre o assassinato dos médicos, que tende a descartar a ocorrência de suposto crime político.