Nos últimos dias, voltou à tona uma foto do prefeito Bruno Covas (PSDB), com o governador João Doria (PSDB), do então chefe do Comando Militar do Sudeste, Luiz Eduardo Ramos, e com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O retrato é de março de 2019 e está no Instagram do prefeito.
Para se defender da associação com Jair Bolsonaro, Covas disse nesta quarta-feira, 18, que anulou o voto na eleição de 2018. “Anulei meu voto na eleição presidencial de 2018 por não ver em Bolsonaro discurso que agregasse discurso democrático na campanha dele”, afirmou o prefeito durante agenda da campanha na zona sul da cidade.
Covas ainda lembrou que já se manifestou contrariamente a posições de Bolsonaro, “como quando o então ministro da educação disse que faria revisão dos livros de história para que a ditadura não fosse viste como uma ditadura militar”.
“Mantenho meu posicionamento contrário aos posicionamentos dele, seja na área de direitos humanos, ambiental, cultural. Não vou mudar para ganhar eleição ou apoiador.”
Na última terça-feira, 17, Covas recebeu o apoio de Celso Russomanno (Republicanos), candidato de Bolsonaro em são Paulo no primeiro turno. Sobre o assunto, o prefeito se disse honrado.
Eleições em São Paulo
São Paulo é o maior colégio eleitoral do Brasil com quase 9 milhões de pessoas aptas a votar. Com 32.85% dos votos válidos no primeiro turno, Bruno Covas (PSDB) enfrenta Guilherme Boulos (PSOL) que teve 20.24% dos votos válidos..
Covas é prefeito da cidade desde 2018, quando assumiu após o prefeito eleito João Doria (PSDB) deixou o cargo para disputar — e ganhar — o Governo do Estado. Foi Bruno quem esteve à frente da cidade na pandemia do coronavírus.
Já Boulos ficou nacionalmente conhecido em 2018, quando foi candidato do PSOL à presidência. Conhecido por sua atuação com o MTST, ele é professor e concorre pela primeira vez ao cargo. Sua vice, Luiza Erundina, foi prefeita de São Paulo no final da década de 1980.