domingo 22 de dezembro de 2024
Delegado Rodrigo Castro Salgado da Costa, titular da 15ª Delegacia da Polícia Civil de São Paulo - Foto: Reprodução/Rede social
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quarta-feira 18 de setembro de 2024 às 10:21h

Delegado do caso Pablo Marçal x Datena já trocou tiro com policiais

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À frente da 15ª Delegacia da Polícia Civil de São Paulo, que investiga a cadeirada de Datena em Marçal, delegado trocou tiro com policiais

Segundo reportagem de Augusto Tenório e Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, o delegado Rodrigo Castro Salgado da Costa, titular da 15ª Delegacia da Polícia Civil de São Paulo, em Itaim Bibi, assumiu a investigação da cadeirada dada por José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB) no debate da TV Cultura. O histórico do policial tem um aspecto curioso.

Rodrigo da Costa já se envolveu em um tiroteio com policiais civis de Minas Gerais, episódio que deixou dois mortos. O fato foi noticiado pelo próprio Datena, agora na mira do investigador, em seu programa de televisão.

Na ocasião, um grupo de policiais paulistas, incluindo o atual delegado, viajou para Juiz de Fora para fazer “bico” escoltando três empresários de São Paulo. Os homens de negócios foram à região para tentar trocar dólares por R$ 14 milhões com um agiota mineiro, que, por sua vez, estava acompanhado de 7 seguranças, sendo 3 homens da Polícia Militar de Minas Gerais.

O tiroteio começou quando os policiais paulistas perceberam que o dinheiro que estava sendo negociado era falso. Três pessoas foram atingidas por disparos. Um dos empresários de São Paulo e um investigador mineiro acabaram morrendo, ao atirarem um contra o outro. O caso ocorreu em 2018.

“Abriram uma mala cheia de dinheiro, nunca vi uma coisa dessas, só na TV. Abriu e mostrou as notas. (…) O Jerônimo [um dos empresários)] alertou: ‘É golpe’”, descreveu Rodrigo da Costa em depoimento ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

O agiota também foi ferido, mas sobreviveu. Na época, Rodrigo da Costa chegou a ser preso junto com o também delegado Bruno Martins Magalhães Alves, além dos investigadores Caio Augusto Freitas Ferreira de Lira e Jorge Barbosa da Miranda.

Volta ao serviço

Em dezembro de 2018, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu habeas corpus e autorizou a soltura deles após pedido da defesa. Em abril de 2019, a Corte aceitou outro pedido dos advogados e determinou o retorno às funções dos quatro policiais de São Paulo presos após o incidente.

Procurada pela coluna de Paulo Cappelli, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que “os policiais envolvidos na ocorrência tiveram suas armas e funcionais restituídas há três anos, após uma decisão da Justiça de Minas Gerais” e que “os agentes não possuem restrição administrativa”.

Por conta de sua postura nas redes sociais, nas quais compartilhava fotos da rotina de trabalho, o delegado Rodrigo da Costa chegou a receber o apelido de “Doutor Selfie” na corporação. Atualmente, ele adota uma postura bem mais discreta na internet.

Caso da cadeirada à mesa do delegado

O candidato do PRTB foi alvo de uma cadeirada de José Luiz Datena durante o debate da TV Cultura com os candidatos à Prefeitura de São Paulo, no último domingo (15). Como mostrou a coluna, a postura do ex-coach após a agressão rendeu comparações com o caso de José Serra (PSDB), atingido por uma bolinha de papel em 2010.

O boletim médico do Hospital Sírio-Libanês apontou “traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito, sem maiores complicações associadas” para o candidato. Após a cadeirada, ele pediu ambulância e foi levado com máscara de oxigênio para a unidade médica.

O assunto voltou a dominar a campanha nesta semana durante o debate promovido pelo UOL/Rede TV!. Datena afirmou ter agido em legítima defesa da honra e disparou contra Marçal: “Eu não bato em covarde duas vezes. Covarde apanha uma vez só. Eu não vou fazer isso. (…) Eu fui atacado de forma vil, canalha e absurda”.

Marçal insistiu no assunto: “No último debate, eu estava terminando a minha fala dizendo que o Datena não é homem. Aqui eu ratifico. Ele não é, ele é um agressor. As cadeiras foram parafusadas no chão porque ele teve um comportamento análogo a um orangotango, em uma tentativa de homicídio contra mim”.

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