As mortes cometidas por policiais não serão mais contabilizadas no índice de letalidade violenta, um dos indicadores estratégicos para análise da criminalidade no estado. A medida foi anunciada por meio de um decreto assinado pelo governador Wilson Witzel e publicado na edição desta terça-feira (24), do Diário Oficial do Estado. Entre janeiro e agosto, 1249 pessoas foram mortas por intervenção policial, de acordo com Instituto de Segurança Pública (ISP).
O texto divulgado hoje altera outro decreto, de 2009, que define o formato do sistema de metas do estado na área de segurança pública. A última modificação da norma havia sido feita em 2016, quando os “homicídios decorrentes de oposição à intervenção policial” substituíram os “autos de resistência” no texto. Agora, apenas latrocínios, homicídios dolosos e lesões corporais seguidas de morte integram o índice de letalidade violenta. As mortes cometidas por agentes do estado não serão mais contabilizadas para o indicador.
Além dessa modificação, o decreto divulgado nesta terça-feira inclui os roubos de carga como um dos indicadores estratégicos de criminalidade do estado. Esse tipo de ocorrência não fazia parte da lista dos crimes monitorados pelo sistema de metas e, a partir de agora, terá o mesmo peso dos roubos de rua na avaliação da violência no estado. Procurado, o governo do estado ainda não se manifestou sobre o texto.
No último mês de agosto, o estado do Rio registrou o menor número de roubo de cargas em 11 meses. Foram 587 registros no mês. Entre janeiro e agosto, 5277 ocorrências do tipo foram contabilizadas, contra 6440 no mesmo período do ano passado – uma queda de 18%. As informações são do O Globo.