O apresentador José Luiz Datena disse, em entrevista para a revista Veja, que deixou o PSL — que está em processo de fusão com o DEM para formar o União Brasil — por ter perdido espaço e que a filiação ao PSD, anunciada ontem, não o impede de ajudar Ciro Gomes (PDT) na disputa pela presidência “se houver necessidade”.
Lançado como pré-candidato à presidência pelo PSL antes da fusão, Datena irá concorrer a uma vaga no Senado com a mudança de partido. Ele recebeu recentemente convite também do PDT para ser vice na chapa encabeçada por Ciro Gomes, por quem diz manter a admiração.
“Não impede eu estar no PSD e continuar achando o Ciro um grande cara, e até talvez ajudá-lo se for preciso politicamente. Minha admiração pessoal pelo Ciro é grande, se houver necessidade de uma ajuda minha, ele terá”, disse.
A tendência, porém, é que pelo menos no primeiro turno Datena apoie oficialmente Rodrigo Pacheco, nome que o PSD tenta viabilizar para as eleições de 2022. Datena disse à revista Veja que ninguém chega à presidência do Senado se não tiver qualidades.
“Se há qualidades para levá-lo Presidência da república agora, depende dele [Pacheco] e do partido analisarem. Se o Kassab, que é um ótimo articulador político, acha que ele tem, provavelmente ele tem”, disse.
Datena disse que o ato de filiação será em 24 de novembro, uma quarta-feira, em Brasília.
Saída do PSL
Na entrevista, Datena ainda disse que a fusão do PSL com o DEM mudou completamente o cenário que lhe foi apresentado, de que “seria seria candidato a presidente e deveria falar como tal”.
“Depois, quase que nem a vaga ao Senado estava sobrando para mim dentro do partido”, completou, dizendo que enxerga no PSD uma oportunidades mais “séria e confiável’.
“Parti a um partido que me oferece uma coisa séria e, além de séria, confiável, simplesmente isso. Espero que o União Brasil tenha sorte, mas não me interessa nem tempo de televisão nem o dinheiro que eles têm. Prefiro um partido em que as pessoas estejam empenhadas em pensar no povo e não mais em si”, disse.