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Daniel Alves em ação pela seleção brasileira durante as Olimpíadas de Tóquio - Foto: Abbie Parr/Getty Images
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quinta-feira 26 de janeiro de 2023 às 12:20h

Daniel Alves viu jovem chorando ao deixar boate, afirma gerente

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A prisão preventiva do jogador Daniel Alves, suspeito de estupro, tem origem em uma legislação protetiva: o chamado protocolo de Callem surgiu em Barcelona, na Espanha, com objetivo de combater o assédio contra mulheres em locais públicos, como bares e outros pontos de lazer. Outras informações de testemunhas também foram determinantes para as investigações.

Um porteiro da boate afirmou que a vítima estava “ansiosa”. Segundo o El País, a vítima, de 23 anos, retornou à boate e, depois da insistência do funcionário, ela relatou o que aconteceu. Em seguida, o porteiro deu início ao protocolo (desde 2022, os estabelecimentos em Barcelona recebem treinamento para lidar com esse tipo de situação).

O protocolo de Callem consiste em atender a vítima de forma imediata, acompanhando-a para uma sala resguardada onde possa receber a devida atenção, seguindo-se um alerta às autoridades de emergência médica e à polícia local. A jovem foi encaminhada ao Hospital Clínic de Barcelona, onde foram verificadas as lesões sofridas por ela.

“Quando sofremos uma agressão, nossa cidade não deve nos julgar, mas nos acompanhar e defender”, afirmou a prefeita de Barcelona, Ada Colau, depois da prisão preventiva do jogador em post no Instagram.

Acusado de assédio sexual, Alves foi mantido sob custódia na Espanha desde o dia 20 de janeiro, depois de prestar depoimento. Ele nega as acusações. O lateral-direito havia se apresentado a uma delegacia após ser intimado para responder sobre uma acusação de assédio sexual.

Na segunda-feira (23), ele foi transferido para um presídio com celas menores perto de Barcelona, para “garantir a segurança e a convivência comum”, informaram fontes da polícia espanhola.

Mulher foi amparada pelo gerente e pelo segurança da boate em corredor

Em depoimento à polícia, o gerente da boate espanhola Sutton, Robert Massanet, disse que o jogador Daniel Alves viu a mulher que ele teria violentado chorando copiosamente logo após o suposto estupro, ocorrido na noite do dia 30 de dezembro.

Na ocasião, Massanet e um segurança da casa noturna em Barcelona tentavam acalmar a jovem de 23 anos e descobrir o que havia ocorrido com ela. As informações são do jornal catalão La Vanguardia.

O gerente relatou que a mulher deixou o banheiro aos prantos após passar 16 minutos junto do atleta no local. Ela pediu a sua prima, que estava na boate acompanhando-a, para ir embora. No momento em que as duas estavam deixando o local, o segurança as abordou com preocupação ao notar as lágrimas da jovem.

Ao ser questionada, a suposta vítima teve uma crise de choro ainda maior e foi levada a um corredor, a fim de ter privacidade. Foi quando o gerente da boate foi chamado.

– Perguntei a ela: “O que aconteceu com você? Diga-me o que aconteceu com você! Você tem que se acalmar”. Mas fiquei muito impressionado – contou Massanet às autoridades.

O gerente relata que nesse mesmo momento Daniel Alves passou pelo local e viu a cena. Logo em seguida, ele deixou a boate.

Massanet explica que a mulher demorou alguns minutos para se acalmar e explicar o que havia ocorrido. Após ela relatar o suposto estupro, a polícia foi acionada.

Uma câmera presa ao uniforme de uma policial chegou a registrar a jovem chorando e também o seu relato aos oficiais sobre o suposto estupro. A câmera teria sido ligada acidentalmente por uma das agentes.

Em seguida, a jovem foi encaminhada ao Hospital Clinic, onde indícios da agressão foram constatadas.

Daniel Alves está preso na penitenciária de Brians 2, em Barcelona. Ele foi detido após mudar três vezes a sua versão, tendo dito na primeira vez não conhecer a mulher, e na terceira reconhecido que teve relações sexuais com ela, porém, “consensuais”.

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