“A saúde on demand chegou para ficar”, afirma Guilherme Weigert, CEO do Grupo Conexa, maior player de saúde digital integral da América Latina, que opera uma inovadora plataforma de telessaúde. O propósito é contribuir para a qualidade de vida do trabalhador brasileiro e, com isso, aumentar a competitividade das empresas.
A digitalização da saúde, sem dúvida, é um grande passo para a democratização. Esse movimento ganhou força com a pandemia, responsável por trazer o tema da saúde física e mental para o radar dos executivos e gestores. A questão também passou a ser discutida no “andar de cima” das empresas, entrando na agenda dos líderes empresariais, comitês de pessoas e, até mesmo, em alguns conselhos de administração.
A Solví Essencis Ambiental, por exemplo, pratica os princípios do ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança corporativa) há vários anos. Inclusive, recentemente alterou a denominação de um de seus comitês que reporta ao conselho para “Comitê de Pessoas, Saúde e Segurança”.
Adicionalmente, as plataformas de telemedicina tornaram-se importantes para uma necessidade crescente causada pela pandemia. Muitas pessoas negligenciaram seus exames médicos e cuidados de rotina da saúde. Doenças crônicas como diabetes e hipertensão, entre outras, se agravaram e colocam em risco milhares de pessoas. Um dado ilustra bem isso: quase 30% das cirurgias eletivas foram adiadas ou suspensas em várias redes hospitalares no Brasil.
Segundo a revista IstoÉ Dinheiro, outro aspecto importante é o acréscimo significativo de pessoas com problemas causados pelo desequilíbrio emocional e, até mesmo, complicações no quadro da saúde mental. Há um perigoso conjunto que inclui estresse inesperado da insegurança física e econômica; medos; distanciamento social, perdas de familiares; e os desafios peculiares ao home office. Todos esses fatores têm aumentado ocorrências de burnout e tensões, bem como conflitos no ambiente de trabalho e familiar.
Ou seja, o país, as empresas, as famílias e os indivíduos ficaram mais doentes. Obviamente, isso afeta o PIB nacional, a produtividade das empresas e o grau de felicidade dos membros de uma família.
Para auxiliar as pessoas neste processo, a Psicologia Viva, maior empresa digital de saúde mental da América Latina e integrante do Grupo Conexa, criou soluções para que as empresas possam acolher seus colaboradores, tanto no home office quanto na retomada presencial, com atuação que vai de atendimento psicológico à sensibilização das lideranças.
Mais do que nunca, os líderes precisam aumentar a intensidade da sua autogestão. Essa é uma das “7 Disciplinas dos Líderes Eficazes” que tanto procuro disseminar. Um dos tópicos importantes dessa autoliderança é a harmonia entre as diferentes dimensões da vida, tais como trabalho, saúde, família, cidadania e vida social, entre outros fatores.
Destaco a saúde integral, abrangendo aspectos fisiológicos, emocionais, mentais e espirituais, como alavanca fundamental para o sucesso na carreira profissional, na família e na cidadania.
Os líderes precisam cuidar de si e da sua saúde. Porém, precisam ir além, permanecendo atentos à saúde e bem-estar dos seus liderados e equipes. Além disso, precisam agir se perceberem problemas. Nesse campo, muito se aplica o dito popular de que “o barato pode sair caro”.
Também chamo a atenção para outro ponto determinante. A manutenção de um quadro de colaboradores saudáveis em uma empresa não é responsabilidade apenas do RH ou das áreas de gestão de benefícios. Saúde, em todos os seus aspectos, diz respeito à qualidade do patrimônio humano das empresas, e esse capital é responsabilidade de todos, incluindo até mesmo acionistas, conselhos e CEOs. Felizmente, já é possível ver o bom exemplo de alguns.
César Souza é presidente da Empreenda, consultor e palestrante em Estratégia, Liderança, Clientividade e Inovação. Autor de diversos best sellers e do novo livro “O Jeito de Ser Magalu” (Rocco,2021).