Sob a presidência brasileira, o Grupo dos Vinte (G20) terá, pela primeira vez, uma organização social com debates de temas de interesse das populações dos 19 países membros e dos dois organismos regionais: a União Europeia e a União Africana. Os membros do G20 representam cerca de 85% do PIB global, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população mundial.
Em entrevista recente a uma agência internacional, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo destacou que a criação do G20 Social é uma trilha social que vai caminhar ao lado das trilhas financeira e política.
Para o ministro Márcio Macêdo, com o G20 Social, as populações das 20 maiores economias do mundo poderão influenciar as decisões do G20. “Será como se levássemos a voz da sociedade civil de todos os membros para dentro das salas onde se tomam as decisões mais importantes do G20” afirmou Márcio Macêdo.
O Ministro da pasta responsável pela relação do governo brasileiro com a sociedade lembra que o debate é sistematizado e organizado, obedecendo a um método que permite apresentar, aos chefes de Estado, as principais demandas de cada povo.
A entrevista do ministro Márcio Macêdo foi destaque em grandes jornais no Brasil e também em outros países membros como Argentina e Alemanha. A reunião do G20 sob presidência do Brasil acontecerá no Rio de Janeiro em novembro de 2024 e, de acordo com o ministro, já levará em conta as pressões da sociedade civil que se reunirá antes da cúpula de chefes de estado.
O modelo proposto pelo governo brasileiro foi testado, com sucesso, durante os diálogos amazônicos, evento que antecedeu a Cúpula da Amazônia em agosto desse ano. No evento, participaram quase 30 mil pessoas dos 8 países que integravam a Cúpula de Chefes de Estado. Na ocasião, o documento final da Cúpula incluiu vários dos pontos debatidos pela sociedade e seus representantes puderam discursar durante o encontro dos países.
O ministro Márcio Macêdo afirmou aos jornalistas estrangeiros que a proposta foi bem recebida pelos países integrantes do G20 e que a intenção do governo brasileiro é que o G20 Social passe a ser permanente no grupo.