A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8 de janeiro recebe, nesta quinta-feira (21), Wellington Macedo de Souza, jornalista preso por estar envolvido na tentativa de explosão de uma bomba embaixo de caminhão de combustível em dezembro do ano passado no Aeroporto de Brasília. No entanto, segundo Ândrea Malcher, do Correio Braziliense, ele decidiu permanecer em silêncio.
Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido da defesa de Wellington e concedeu habeas corpus para que o depoente não precisasse responder a perguntas que possam incriminá-lo. O magistrado também determinou que o blogueiro não precisasse assinar o termo de compromisso como testemunha e que pudesse estar acompanhado do advogado.
Nos cumprimentos iniciais, o depoente citou nominalmente a “ex-ministra”, senadora Damares Alves (Republicanos-DF), o deputado Marco Feliciano (PL-SP) e André Fernandes (PL-CE). “Cito alguns porque os conheço”, disse.
“A partir do momento que meus advogados tiverem acesso aos autos acusatórios contra esta pessoa, que até hoje não (teve) por que tem pago um preço tão alto e tanta humilhação (…) quando tiver acesso aos autos, vocês podem me convocar novamente, aqui, e eu colaborarei com vocês”, afirmou Wellington. Ele decidiu não responder às perguntas.
Wellington estava foragido desde janeiro deste ano e foi preso no Paraguai no dia 14 de setembro. Ele foi sentenciado a seis anos de prisão pelo crime de expor a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem mediante explosão. Além dele, George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos Rodrigues estão presos pela tentativa de explodir uma bomba no aeroporto em dezembro.