O grupo de trabalho da CPI da Covid que investigou os hospitais federais do Rio de Janeiro vai recomendar ao senador Renan Calheiros (MDB-AL) compartilhar os documentos sigilosos recebidos com o Tribunal de Contas da União e o Ministério Público Federal.
As conclusões do relatório parcial encaminhado a Renan atestam que não foi possível, por falta de tempo e instrumentos adequados, investigar “a existência de controle político da nomeação de dirigentes e de desvios de recursos” em seis hospitais e três institutos federais do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro.
Por isso, segundo a coluna de Lauro Jardim, a colegiado quer remeter aos órgãos de controle dados privilegiados recebidos no curso das investigações, muitos dos quais são de envolvidos já identificados no escândalo de corrupção do governo Wilson Witzel, como o empresário Mário Peixoto, pivô do esquema que derrubou o ex-governador e que teve movimentações atípicas registradas pelo Coaf.
Assim como a dele, será remetida a documentação referente a Jonas Roza, ex-superintendente do Ministério da Saúde no Rio, que o Coaf apontou ter investido atipicamente R$ 1,9 milhão na GAS Consultoria Bitcoin, de Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como o Faraó dos Bitcoins e preso pela PF no fim de agosto.