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sexta-feira 28 de maio de 2021 às 07:42h

Covid-19: testosterona baixa aumenta risco de casos graves, diz estudo

CURIOSIDADES, NOTÍCIAS


Um estudo realizado pela Universidade de Washington chegou à conclusão de que baixos índices de testosterona podem estar associados à casos mais graves de Covid-19 nos homens. A pesquisa, publicada na última terça-feira (25) na revista JAMA e republicada no Brasil pela revista Veja, avaliou amostras de material genético de 152 pessoas, dentre eles homens, mulheres e crianças, incluindo 143 que estiveram internados por causa do novo coronavírus em um hospital em Saint Louis, Missouri.

Os pesquisadores identificaram que 66 dos 90 homens que tiveram seus materiais genéticos analisados apresentaram quadros graves da doença e uma taxa de testosterona de 65% a 85% menor do que os outros 24 homens que apresentaram sintomas mais moderados. De acordo com os pesquisadores, índices como idade, Índice de Massa Corporal e comorbidades não tiveram interferência nos resultados.

Segundo os estudos, a taxa de testosterona em homens é considerada baixa se houver até 250 nanogramas por decilitro. Dentre os que deram entrada no hospital, aqueles que apresentaram quadros mais graves chegaram a apresentar uma média de 53 nanogramas por decilitro, ao mesmo tempo que os que apresentaram quadro moderado tiveram média de 151 nanogramas por decilitro.

Para Sandeep Dhindsa, endocrinologista da Universidade de Saint Louis e um dos autores do estudo, aqueles que apresentavam índices baixos do hormônio tinham mais chance de precisar de atendimento intensivo ou intubação nos dois ou três dias subsequentes. Já para as mulheres, não ficou clara a relação entre o hormônio e a gravidade da doença.

De acordo com a pesquisa, a redução nos níveis de testosterona pode ser explicada pela mudança repentina na condição de saúde do homem, que acaba por suprimir a produção de hormônio pelas glândulas presentes no testículo, consequentemente diminuindo a concentração no sangue.

Para avaliar a relação, os pesquisadores compararam as amostras dos pacientes a partir do sequenciamento do RNA, sendo possível fazer a análise necessária para o avanço dos estudos.

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