Contra Garcia, time de Tarcísio torce para Doria ser candidato a presidente

O Planalto e a pré-campanha a governador de Tarcísio Gomes de Freitas acompanham atentamente a ebulição interna do PSDB. Segundo Alberto Bombig, colunista do UOL, os estrategistas do pré-candidato de Jair Bolsonaro ao Palácio dos Bandeirantes acreditam que o destino eleitoral dele pode estar intimamente ligado ao desfecho da crise tucana.

No cenário apontado como favorável para Tarcísio (Republicanos), João Doria se consolida como candidato do PSDB à Presidência, o que obrigaria o tucano e atual governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, a “carregar” o antecessor ao menos no início de sua campanha pela reeleição no estado.

Para o time do ex-ministro de Bolsonaro, a alta rejeição de Doria apontada pelas pesquisas deverá “contaminar” a campanha de Garcia, ainda pouco conhecido do eleitor paulista. Um desses estrategistas de Tarcísio Gomes de Freitas avalia que será impossível o atual governador se desvencilhar completamente do antecessor, ainda mais se Doria for mesmo o presidenciável dos tucanos.

Há também o cenário considerado menos favorável para Tarcísio Gomes de Freitas: Eduardo Leite, ex-governador do Rio Grande do Sul, sair candidato pelo PSDB a presidente, especialmente se ele tiver ao seu lado a senadora Simone Tebet (MDB). Se isso acontecer, Rodrigo Garcia estará mais à vontade para se afastar de Doria, dizem os aliados do ex-ministro.

Tanto o estafe de Tarcísio Gomes de Freitas quanto o de Rodrigo Garcia têm diagnóstico semelhante quanto ao desafio de ambos: precisam conquistar os votos do chamado “campo azul” (centro-direita) paulista para enfrentar um nome do “campo vermelho” em eventual segundo turno.

Em seu primeiro dia como governador, Garcia estará nesta sexta-feira (1) na região de São José do Rio Preto (SP), sua base eleitoral, para, entre outras agendas, entregar viaturas da Polícia Militar. A pré-campanha de Tarcísio fará um grande evento na mesma cidade, uma das mais importantes do estado, no próximo dia 9.