Depois da saída de cinco integrantes do conselho de administração da Petrobras, descontentes pela forma que Jair Bolsonaro interveio na empresa, agora é a vez de quatro conselheiros do Banco do Brasil virem a público demonstrar o seu desconforto com uma “possível e surpreendente substituição do presidente André Brandão ainda no início de seu mandato”. E pedem conforme a coluna de Lauro Jardim, que Brandão seja mantido no cargo.
Consta da ata da reunião extraordinária do conselho do BB, realizada anteontem, uma manifestação de desagravo a Brandão feita por Hélio Magalhães, José Guimarães Monforte, Luiz Serafim Santos e Paulo Roberto de Lima.
Nela, é dito que a avaliação semestral da diretoria executiva do banco, Brandão em “apenas cinco meses de mandato, evidenciou sua capacidade de liderar a organização para além dos desafios que se impõem à competitiva indústria financeira, no melhor interesse da Companhia e de seus stakeholders, tendo demonstrado alta performance na implementação da Estratégia Corporativa aprovada por este Conselho para o quinquênio 2021/2025.”
E clamam para que Brandão fique onde está — e não seja substituído como quer Jair Bolsonaro. Na ata da reunião, os conselheiros pedem a “continuidade da gestão de excelência que vem sendo realizada pelo atual presidente do BB, em conjunto com toda diretoria executiva e seus mais de 90 mil funcionários, ao tempo em que lamentam qualquer possibilidade de que referidas especulações venham a se concretizar”.