sábado 7 de setembro de 2024
Juan Lorenzo (de pé) projeta crescimento da Expotech - Foto: Divulgação/Darío G. Neto/ML
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quinta-feira 18 de julho de 2024 às 06:51h

Conhecer os detalhes da reforma são as prioridades da indústria baiana

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O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Carlos Henrique Passos, acredita que a grande prioridade da indústria baiana neste momento é conhecer os pormenores da Reforma Tributária. “A gente precisa entender melhor o modelo para não nos precipitarmos no elogio, ou na crítica”, avaliou, durante o lançamento da Expotec. Dentro do que já se conhece, o principal ajuste defendido pelo setor econômico para o projeto de lei está na necessidade de se definir menores prazos para o ressarcimento do crédito. Hoje, no geral, estão previstos até 75 dias de espera – 60 para análise e mais 15 para pagamento. A indústria quer 45, no máximo, e para todas as empresas. “A gente acha que não precisa de um prazo tão longo para pagar algo que é de direito das empresas”, acredita. Outra preocupação está no sistema de pagamento compartilhado, porque, acredita, vai acabar gerando uma antecipação no pagamento de impostos. Mas, no geral, diz Passos, é preciso conhecer melhor as mudanças que estão vindo.

Já paga muito

Para o empresário Raul Menezes, presidente do Sindicosmetic, se a reforma não onerar ainda mais os cosméticos já será um grande avanço. “Os cosméticos sempre foram olhados como produtos supérfluos, mas na realidade somos produtos de saúde. Estamos falando de cuidados com a pele, cabelo e unha”, defende. Aqui na Bahia, lembra, os produtos pagam 2% a mais de ICMS. “Somos contados aqui junto com a indústria fumageira, de cigarros e de bebidas alcóolicas”, diz. Segundo ele, a esperança é que a reforma melhore as coisas, mas: “é só esperança mesmo”, diz.

Está crescendo

A próxima edição da Expotec, nos próximos dias 22 e 23, vai reunir 70 fornecedores de matérias-primas, equipamentos e insumos, o que vai representar um aumento de 16% em relação à edição anterior, destaca Juan Lorenzo, diretor do evento. A expectativa é de receber um público de 1,5 mil pessoas, no centro de eventos do Cimatec. “A Expotec cresceu e se tornou uma referência regional, agora trabalhamos para, dentro de cinco anos, torna-la nacional”, projeta Juan Lorenzo.

Economia real

Ao mesmo tempo em que compartilha com o conjunto dos investidores brasileiros a preocupação com a volatilidade dos mercados e uma grande atenção com a renda fixa, os investidores baianos apresentam uma característica própria em relação aos de outros lugares do Brasil, diz Rodolfo Margato, economista da XP. Por aqui há uma grande preocupação com a chamada economia real, contou ele, após encontro com clientes da XP em Salvador. “Me fizeram muitas perguntas sobre a indústria em geral, petroquímica, minerais metálicos e veículos”, conta. Segundo ele, foram muitas perguntas sobre o impacto do cenário econômico na indústria e sobre como isso impactaria nos investimentos.

Recorde negativo

A indústria química brasileira renovou o recorde negativo de baixa utilização da sua capacidade instalada. A atividade, que é carro-chefe do Polo Industrial de Camaçari, registrou em maio apenas 58% de uso da capacidade instalada em suas fábricas – o pior índice mensal desde 1990, quando se iniciou a série histórica. Quase metade das unidades industriais estavam paradas. “Algumas empresas, portanto, acenam, no momento, para a hibernação de unidades, em decorrência da baixa eficiência operacional, além de aumento nas emissões de CO², por tonelada de produto, e, consequentemente, maiores custos de produção. Nesse nível de operação não há atratividade para manter a produção atual e tampouco atrair novos investimentos para o setor”, alerta Fátima Giovanna Coviello Ferreira, diretora de Economia e Estatística da Abiquim.

Haja energia

Nos próximos cinco anos, a Sowitec do Brasil espera comercializar 4,7GW de energia renovável, o que pode significar até R$ 20 bilhões em novos investimentos no setor. Pioneira no país, com mais de 20 anos de história, a multinacional alemã tem sua sede brasileira em Salvador e acaba de nomear o baiano Rafael Valverde como o seu diretor executivo. A Sowitec é uma desenvolvedora internacional de projetos em energia renovável, com presença em 14 países. Com mais de 100 profissionais, a empresa gerencia todo o desenvolvimento de projetos de energia solar e eólica, do planejamento à pré-comercialização. A empresa totaliza cerca de 3.000 MW de capacidade instalada em mais de 60 projetos eólicos e solares bem-sucedidos, contribuindo significativamente para o desenvolvimento de energia sustentável em todo o mundo.

Um brinde

Tem marca de vinho brilhando na terra da cerveja. Em 2023, 17,5% das garrafas de vinho Pérgola vendidas foram consumidas na Bahia. A marca da Vinícola Campestre foi novamente apontada como líder em vendas de vinho nacional na última pesquisa Líderes de Vendas, da Nielsen, pelo décimo ano consecutivo. Foram comercializadas 40 milhões de garrafas do Pérgola e a Bahia foi o terceiro estado que mais consumiu o produto, atrás apenas de São Paulo e Minas. Foram quase 7 milhões de unidades vendidas no período, por aqui. Inaugurada em 1968 no Rio Grande do Sul pela família Zanotto, a Campestre tem uma unidade em Campestre da Serra e outra no município de Vacaria, a mil metros de altitude da Serra Gaúcha. O sucesso de vendas do Pérgola possibilitou que a vinícola realizasse um grande sonho da família: a produção de vinhos finos de alta qualidade, feitos com uvas varietais cultivadas em vinhedos próprios, como sauvignon blanc, pinot noir, sangiovese e malbec. Hoje a vinícola assina linhas premiadas internacionalmente como a Zanotto, além de manter um grande complexo de enoturismo com passeios culturais, visitação dos vinhedos, atividades de lazer, restaurante e degustação.

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