O Acesse Política pesquisou os dez slogans políticos mais estranhos da nossa história. Na longa trajetória dos pleitos eleitorais de nossa República algumas marcas propagandistas são de fazer rir. Obviamente existem slogans mais apropriados ou que fizeram sucesso na boca do povo e nos círculos da imprensa.
1. “Rouba, mas faz”
Os eleitores de Paulo Maluf pegaram a frase emprestada dos correligionários do ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros (1947-1951 e 1963-1966). Maluf também fez uso do “foi o Maluf que fez”, criado pelo marqueteiro Duda Mendonça.
2. “50 anos em 5”
Slogan de Juscelino Kubitschek, que foi presidente da República entre 1956 e 1951.
3. “Brasil: ame-o ou deixe-o”
Slogan do general Emílio Médici, que foi presidente da República entre 1969 e 1974.
4. “O caçador de marajás”
Foi com esse lema que Fernando Collor se elegeu, em 1990.
5. “Vote no Brigadeiro. É bonito. É solteiro.”
Para atrair o eleitorado feminino, o brigadeiro Eduardo Gomes, da UDN (União Democrática Nacional), usou essa frase na eleição para presidente em 1945.
6. “Varre, varre, vassourinha”
Era o jingle de Jânio Quadros, que foi presidente no ano de 1961. O adversário de Jânio na eleição, o marechal Henrique Lott, tinha como símbolo uma espada, referência a uma espada de ouro que recebeu do presidente Juscelino Kubitschek por ter sufocado os movimentos militares que tentaram impedir a posse de JK, em 1965. Era o contra-ataque: “O povo sabe, sabe, sabe, não se engana / Essa vassoura é de piaçava americana / Mas a espada de nosso marechal / Foi fabricada com aço nacional”.
7. “Pode, Waldir?”
O cantor e compositor Gilberto Gil queria se candidatar à Prefeitura de Salvador, pelo PMDB, em 1988. Mas o governador, Waldir Pires, não aprovou a ideia. Gil, então, lançou um funk que se chamava “Pode, Waldir?”. A letra dizia: “Pra prefeito, não / Pra prefeito, não / E pra vereador? / Pode Waldir, pode Waldir, pode Waldir?”. No ano seguinte, Gil elegeu-se vereador pelo PV (Partido Verde). Teve 11.111 votos.
8. “Ey, ey, Eymael / Um democrata cristão…”
É o eterno jingle (slogan) do candidato José Maria Eymael, do Partido Social Democrata Cristão (PSDC). A música o acompanha desde 1985, quando tentou a vaga de prefeito em São Paulo.
9. “Meu nome é Enéas”
Enéas Carneiro criou o bordão logo na primeira vez em que se candidatou a um cargo público. Foi em 1989, quando lançou-se candidato à presidência e ficou em 12º lugar entre 21 candidatos. Como fundo musical, a propaganda tinha a Sinfonia n.º 5 de Ludwig van Beethoven.
10. “Lula Lá”
O slogan do jingle da campanha do cadidato à presidência pelo PT em 1989 foi criado pelo publicitário Carlito Maia, um ano antes. O compositor Hilton Acioli, autor de “Disparada”, sucesso na voz de Jair Rodrigues, compôs a melodia que embalava o “Lula Lá”.