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quinta-feira 26 de setembro de 2024 às 11:10h

Conheça as cidades do Brasil onde prefeitos foram eleitos por menos de 10 votos

DESTAQUE, ELEIÇÕES 2024, NOTÍCIAS


Nas últimas eleições municipais, houve pleitos tão acirrados a ponto de serem decididos por menos de dez votos. Esse caso ocorreu em 53 cidades que, devido ao eleitorado pequeno, fez com que o nome do novo prefeito fosse anunciado após a contabilização de voto por voto. Em três desses municípios, houve um empate e o chefe do Executivo local foi definido por critério de idade.

As cidades têm de acordo com Gabriel de Sousa, do jornal O Estado de S. Paulo, um eleitorado médio de 6.200 pessoas. A maior cidade que teve um resultado apertado em 2020 foi Assú, no Rio Grande do Norte. Com 45 mil eleitores, o atual prefeito Dr. Gustavo (PL) teve 16.823 votos e o principal concorrente, Ivan Junior (Republicanos), 16.818. A diferença foi de cinco votos. Neste ano, nenhum deles registrou candidatura na Justiça Eleitoral.

O menor município onde ocorreu essa situação foi Tupanci do Sul, que fica no interior gaúcho e tem 1.500 eleitores. Por lá, Fernando Favretto (PP) teve 669 votos, enquanto Foscarini (PSDB) obteve 663. A eleição foi decidida por seis votos. Neste ano, haverá um novo embate entre os dois.

Nas cidades de Caraúbas (PB), Kaloré (PR) e Jardinópolis (SC), houve um empate entre os dois primeiros colocados. Como manda o artigo 110 do Código Eleitoral, o prefeito eleito foi aquele que tinha a idade mais avançada.

Em Caraúbas, Silvano Dudu (DEM, atual União Brasil) e Nerivan (MDB) conquistaram 1.761 votos, cada. Na época da eleição, Silvano tinha 52 anos, enquanto Nerivan tinha 35. Por isso, o primeiro foi diplomado pela Justiça Eleitoral. O emedebista concorre à Prefeitura novamente neste ano.

No município paranaense de Kaloré, Edmilson (PL) e Ritinha (PSD) totalizaram 1.186 votos no final da apuração. Por ter 59 anos na época, enquanto a concorrente tinha 42, o candidato do PL foi eleito. Atualmente, ele é candidato à reeleição

Em Jardipónolis, Mauro Risso (MDB) e Antoninho (PT) foram os únicos candidatos à prefeitura. Os dois tiveram 748 votos. Até mesmo critério de idade foi apertado. Risso nasceu em janeiro de 1970 e o petista em março do mesmo ano. Pela diferença de dois meses, o emedebista foi diplomado. Antoninho vai tentar conquistar a prefeitura neste ano.

Pindoba Alagoas Cícero Cardoso (PTB) 1.074 Moisés de Cerqueira (PSB) 1.071
Oiapoque Amapá Breno do Miguel do Posto (PRTB) 2.962 Maria Orlanda (PSDB) 2.959
Sebastião Laranjeiras Bahia Dr. Pedro (PSB) 2.868 Dra. Luciana (PL) 2.862
Paramoti Ceará Telvânia Braz (MDB) 2.372 Eduardo (PDT) 2.367
Itajá Goiás Renis (DEM) 1.477 Tião Neto (MDB) 1.471
Moiporã Goiás Zé Wilson (PMN) 1.046 Wolnei Moreira (PSB) 1.044
Santa Cruz de Goiás Goiás Angelo da Paz (DEM) 1.353 Dr. Mateus (Cidadania) 1.351
Chapada Gaúcha Minas Gerais Jairzinho (Avante) 2.210 Rone Rodrigues (PSD) 2.201
Conceição da Barra de Minas Minas Gerais Heitor Guedes (Patriota) 1.576 Fernando Palumbo (PSDB) 1.571
Dom Viçoso Minas Gerais Nei (PV) 1.178 Chico da Dina (Patriota) 1.171
Fortuna de Minas Minas Gerais Claudio de Nicote (MDB) 1.212 João de Cota (PSL) 1.207
Itacarambi Minas Gerais Doutora Nívea (PP) 4.203 Paulo Azevedo (DEM) 4.198
Jenipapo de Minas Minas Gerais Coca (Avante) 1.918 Edson Figueiró (PSDB) 1.911
Joaíma Minas Gerais Daurinho Barreto (Cidadania) 3.680 Abinaldo Botelho (Solidariedade) 3.678
Leme do Prado Minas Gerais Josy Cordeiro (Podemos) 1.672 Reginaldo (DEM) 1.667
Raul Soares Minas Gerais Dr Américo (PV) 4.645 Ozório (Cidadania) 4.641
São Brás do Suaçui Minas Gerais Duguinho (Republicanos) 1.059 Célio Melo (PSD) 1.054
Uruana de Minas Minas Gerais Tania Menezes (MDB) 1.362 Ronaldo Verdadeiro (PTB) 1.355
Jangada Mato Grosso Rogério Meira (PP) 1.699 Gauchinho (PSD) 1.690
Caraúbas Paraíba Silvano Dudu (DEM) 1.761 Nerivan (MDB) 1.761
Santo André Paraíba Edglei Amorim (PP) 813 Pedro de Neguinho (PDT) 806
Aroeiras do Itaim Piauí Bill de Deus (PTB) 1.545 Marli Macedo (MDB) 1.537
Morro Cabeça no Tempo Piauí Josué (PP) 1.140 Batista (Republicanos) 1.033
Água Branca Piauí Júnior Ribeiro (PSD) 6.104 Margareth do Zito (Republicanos) 6.096
Guamiranga Paraná Marcos do Povo (PSL) 1.651 Angelo Machado (DEM) 1.645
Jaboti Paraná Regis William (PSD) 1.757 Valquiria (PROS) 1.751
Kaloré Paraná Edmilson (PL) 1.186 Ritinha (PSD) 1.186
Ouro Verde do Oeste Paraná Gugu (Cidadania) 1.710 Cleunice Alves (PP) 1.708
Pérola d’Oeste Paraná Edsom Bagetti (PL) 2.263 Nilson (PSC) 2.256
Quinta do Sol Paraná Leonardo Romero (PSD) 1.703 Jilvan Ribeiro (Cidadania) 1.702
Cardoso Moreira Rio de Janeiro Geane (PSD) 3.359 Neto Sardinha (DC) 3.351
Assú Rio Grande do Norte Dr Gustavo (PL) 16.823 Ivan Junior (Republicanos) 16.818
Florânia Rio Grande do Norte Galo (PSDB) 3.217 Hélio (PSB) 3.208
Serra Caiada Rio Grande do Norte Joãozinho Furtado (PSDB) 3.229 Jalmir do Sindicato (MDB) 3.219
Colinas Rio Grande do Sul Sandro Herrmann (PP) 999 Beto (MDB) 993

Com 11 eleições decididas por menos de dez votos, Minas Gerais foi o Estado onde as disputas acirradas ocorreram mais. Na sequência, aparecem Rio Grande do Sul (8), Santa Catarina (6), Paraná (6), São Paulo (4), Goiás (3), Paraíba (2), Alagoas (1), Amapá (1), Tocantins (1), Mato Grosso (1) e Rio de Janeiro (1).

Em São Paulo, a situação ocorreu nos municípios de Américo de Campos, Nipoã, Novais e Piquerobi – cidades do interior paulista com menos de cinco mil eleitores. Em Piquerobi, Adriana Crivelli (MDB) se tornou prefeita por um voto. Ela teve 1.289 votos, enquanto Gustavo (PSDB) conquistou 1.288.

Neste ano, Adriana vai concorrer sozinha à prefeitura da cidade. Desta forma, ela precisa apenas de um voto válido para comandar Piquerobi até 2028. Como mostrou o Estadão, em 149 cidades do País, a única opção é escolher o atual chefe do Executivo local nestas eleições.

Eleição mais apertada no segundo turno ocorreu em Mauá

Nas cidades que possuem mais de 200 mil eleitores e, por isso, há a possibilidade de haver segundo turno, a decisão por menos de dez votos é praticamente impossível. Nas eleições de 2020, a eleição mais apertada ocorreu em Mauá, na Grande São Paulo.

No pleito, Marcelo Oliveira (PT) conquistou 91.459 votos (50,74% dos votos válidos) enquanto Átila Jacomussi (PSB) totalizou 88.783 votos (49,26% dos votos válidos). A diferença foi de 2.676 sufrágios. Os dois foram para o segundo turno, e Oliveira foi eleito. Neste ano, os dois vão se enfrentar novamente na disputa pela prefeitura.

De acordo com uma pesquisa da Paraná Pesquisas divulgada no dia 20 de setembro, Átila, que agora está no União Brasil, tem 28,7% das intenções de voto. Oliveira tem 25%. Como a margem de erro é de 3,7 pontos porcentuais para mais ou para menos, há um empate técnico.

A Paraná Pesquisas ouviu 700 eleitores de Mauá entre os dias 16 e 19 de setembro. O índice de confiabilidade é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-05280/2024.

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