A proposta de ampliar em dois anos o mandato dos atuais prefeitos e vereadores em todo o país deve gerar intensa polêmica entre deputados
Atualmente, há no Brasil eleições de dois em dois anos. Em uma se elege presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais, como ocorreu em 2018. No outro pleito, são escolhidos os prefeitos e os vereadores de todos mais de cinco mil municípios brasileiros.
Mas o senador baiano Angelo Coronel (PSD), voltou a comentar nesta segunda-feira (6) sobre a possibilidade de ampliar o tempo de mandato desses prefeitos e vereadores para seis anos.
Coronel afirmou que começará a recolher assinaturas de colegas na Câmara para apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que possibilite estender por dois anos os mandatos dos atuais prefeitos e vereadores do país. O objetivo do parlamentar é unificar as eleições para todos os cargos em 2022.
Em discurso no encontro estadual do PSD, Coronel alegou que a medida economizaria recursos públicos. O ex-presidente da Assembleia legislativa avaliou, entretanto, considerar difícil a aprovação da proposta.
Não é a primeira vez que os mandatos de prefeitos e vereadores são cogitados para serem ampliados. Nos anos 1980, exatamente para que fosse garantido o fatiamento das eleições de dois em dois anos, o mandato de prefeitos e vereadores eleitos em 1982 – que terminariam no fim de 1986, foram prorrogados até 1988, para coincidir com o mandato dos prefeitos de capitais, que haviam sido eleitos de forma direta, pela primeira vez, em 1985.