A Latam entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos nesta terça-feira (26). O setor aéreo é um dos que mais sofre com a crise causada pela pandemia da covid-19.
A empresa chilena, que tem a maior parte de suas operações no Brasil, disse que “anuncia reorganização para garantir sustentabilidade no longo prazo.”
Em nota, “Argentina, Brasil e Paraguai não estão incluídos no processo de reorganização pelo Capítulo 11. A entidade da LATAM no Brasil está em discussão com o governo brasileiro sobre próximos passos e suporte financeiro às operações brasileiras.”
O capítulo 11 a que se refere o texto faz referência a artigo da lei de falências dos EUA, que dá prazo para que as empresas consigam se reorganizar economicamente.
Há duas semanas, a colombiana Avianca Holding também recorreu ao Chapter 11, o equivalente à recuperação judicial brasileira. A Avianca, no entanto, já enfrentava sérios problemas financeiros antes da pandemia.
A Latam é vista como uma das aéreas com maior dificuldade para atender as condições de acesso ao pacote emergencial para o setor aéreo que está sendo preparado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na avaliação de especialistas. Isso porque não tem capital aberto no Brasil, o que dificultaria seu acesso ao modelo de auxílio que está sendo estruturado.
Futuro para passageiros e empregados
Segundo a companhia, a Latam e suas afiliadas seguirão com voos de passageiros e de carga, mas seguindo possíveis restrições diante da demanda e de viagem. As passagens atuais, vouchers, pontos e o programa de milhagem continuarão valendo.
No caso dos funcionários, a empresa garante que serão honrados tudo o que está previsto em contratos de trabalho.
Da mesma forma, agências de viagem e os demais parceiros comerciais seguirão normalmente.