Com União Brasil na composição dos ministérios de Lula, Sérgio Moro é ironizado

De acordo com o GLOBO, após o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciar Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e Juscelino Filho (União Brasil-MA) como ministros do seu governo, o ex-juiz federal e senador eleito Sérgio Moro (União Brasil-PR) virou alvo de ironias nas redes sociais. Com o seu partido na composição do mandato do petista, a hipótese de que Moro estaria do mesmo lado de Lula foi considerada uma “ironia do destino” e ocupa os assuntos mais comentados do Twitter.

Como antecipou a colunista Bela Megale, aliados de Moro apontavam para a possibilidade do senador eleito deixar o União Brasil caso o partido integrasse a base de Lula. Em entrevista à CNN nesta quinta-feira, no entanto, o presidente nacional da sigla, Luciano Bivar, assegurou que o União Brasil não será base, apesar dos ministérios oferecidos.

— Eu disse a ele (Lula) que os ministérios oferecidos não significava que seríamos base. Eu disse para não colocar isso na conta do partido. Ele aceitou — afirmou.

A proximidade entre a sigla e Lula gera memes nas redes. A ironia se justifica pelo histórico desses dois personagens políticos. Durante a Operação Lava-Jato, o petista foi condenado pelo ex-juiz federal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Posteriormente, após o petista cumprir pena de 580 dias, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as sentenças por entender que o julgamento foi parcial.

Nesta quinta-feira, o aceno do atual partido de Moro divertiu os usuários. “Hoje o União Brasil oficializa o apoio ao Governo Lula”, escreveu um junto a falsas montagens de apoio do ex-juiz ao petista.

Outros usuários opinaram que se tratava de um “plot twist”, definido na dramaturgia como uma reviravolta inesperada no enredo, que muda completamente o resultado final de uma história.

Entre centenas de comentários, os usuários também lembraram que Deltan Dallagnol, deputado federal eleito e ex-procurador da Lava-Jato, também pertence ao União Brasil. “E agora, Deltan Dallagnol? Pode o teu partido querer um ministério de Lula?”, questionou um.