O impasse em torno da recriação da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) pelo governo Lula (PT) gerou segundo Carolina Nogueira, do Uol, uma nova frente de reclamações entre os deputados do centrão. Há meses, União Brasil, Republicanos e PSD disputam o comando do órgão, que, em 2023, teve orçamento de R$ 2,9 bilhões.
O que aconteceu
As cobranças por uma solução sobre a Funasa aumentaram nos últimos dias devido à falta de resposta do governo em relação ao órgão. Parlamentares ouvidos pelo UOL afirmam que há “má vontade” da gestão petista em prosseguir com a reestruturação.
O deputado Danilo Forte (União Brasil-CE) foi presidente da pasta por seis anos e diz que “há setores do governo que não queriam a Funasa de jeito nenhum”.
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A fundação é responsável pelo saneamento básico nos municípios e ficou conhecida por ser reduto de indicações políticas dos partidos do centrão, que também costumam enviar nomes para as superintendências estaduais.
Os deputados reclamam que, enquanto não for definido o futuro da Funasa, as ações nos estados ficam paradas.
O órgão chegou a ser extinto no início do governo Lula e recriado em menos de seis meses após pressão do centrão na votação da medida provisória que reestruturou os ministérios.
Em julho, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos montou uma comissão que teria 30 dias para fazer um relatório com o novo formato da Funasa. O prazo foi estendido para 15 de setembro, mas nenhum documento foi apresentado.
O portal Uol questionou a pasta sobre os trabalhos do grupo e o relatório, mas até a publicação desta reportagem não teve retorno.