Com o acirramento da disputa eleitoral no país, o governo decidiu reforçar a segurança do presidente da República e de seus filhos. Entre as medidas anunciadas está a compra de 61 viaturas blindadas para a Polícia Federal. Os carros serão blindados e descaracterizados e também ficarão à disposição dos candidatos que disputarão as eleições em 2022.
O custo será de 21,8 milhões de reais conforme a revista Veja. Ou seja, cada carro custará em torno de 357 mil reais. A justificativa oficial para a compra é que a Polícia Federal tem uma frota de carros antigos, quase todos com mais de cinco anos de uso e com quilometragem alta. Cabe à PF a proteção dos chefes dos poderes da República, membros do Ministério Público e magistrados, dos candidatos à Presidência da República e proteção de testemunhas.
Autoridades do governo federal ouvidas por VEJA dizem que já há uma grande preocupação com a segurança do presidente Bolsonaro e de seus filhos, em função do perfil “assertivo” de toda a família, especialmente em períodos eleitorais. Em 2018, o presidente foi vítima de um atentado à faca durante a campanha eleitoral.
A preocupação da segurança do presidente se estende, inclusive, a regiões de fronteiras. “Os grupos rebeldes da América Latina são todos de esquerda, não há nenhum de direita, por isso temos de reforçar a segurança em viagens a regiões próximas de fronteiras”, diz a mesma autoridade.
O esquema de proteção do presidente e de sua família é coordenado pelo Gabinete de Segurança Institucional, que disponibiliza veículos, equipamentos e um número não informado de agentes requisitados da Polícia Federal, do Exército e das polícias nos Estados.
Além das viaturas que serão compradas, o governo federal tem tomado várias medidas para reforçar a proteção do presidente Bolsonaro e da família. O GSI instalou no Palácio do Planalto um sistema de detecção e bloqueio de drones, para prevenir ataques aéreos. Além disso, foram adquiridos modernos equipamentos contra espionagem e para detectar eventuais escutas. No final do ano passado, o governo já havia anunciado a compra de 700 câmeras de vídeo de alta resolução para vigiar os palácios do Planalto, Alvorada e Jaburu.