A despeito das mais de 100 assinaturas reunidas na Câmara, entre deputados de oposição e até de partidos da base aliada do governo, o pedido de impeachment do presidente Lula da Silva (PP-AL) que deve ser protocolado nesta terça-feira (20) já tem destino certo: vai repousar em alguma gaveta do gabinete de Arthur Lira (PP-AL).
O presidente da Câmara não vem dizendo publicamente o que vai fazer em relação ao pedido contra o presidente, mas a expectativa de aliados próximos a ele de acordo com a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, é que Lira não faça nada e sente em cima do papel.
Ou seja: se aceitar o pedido está fora de cogitação, tampouco Arthur Lira o arquivará, o que desagradaria a oposição na Câmara.
O pedido de impeachment de Lula foi articulado depois da comparação feita pelo petista entre a guerra em Gaza e o Holocausto, que deflagrou uma crise diplomática com Israel. A justificativa da oposição é que o presidente expôs o Brasil ao perigo de guerra, conduta que configuraria crime de responsabilidade.
Para protocolar um pedido de impeachment, são necessárias 171 assinaturas. Até o fim dessa segunda-feira (19/2), 108 deputados haviam apoiado a iniciativa.