Nas 527 páginas do relatório em que a CPI das Pirâmides Financeiras pede o indiciamento de Ronaldinho Gaúcho sob acusação de ser um dos sócios de uma empresa de criptomoedas, documentos do Coaf revelam detalhes segundo Lauro Jardim, do jornal O Globo, de movimentações financeiras atípicas de R$ 103 milhões de 2015 a 2021.
Entre março e agosto de 2020, por exemplo, o Coaf apontou ter havido transações “incompatíveis com a capacidade financeira declarada” quando Ronaldinho recebeu R$ 5,8 milhões de conta sua da Suíça e, em seguida, “houve diversos saques em dias próximos com valores inferiores a R$ 50 mil aparentemente na tentativa de burlar o limite da comunicação” do órgão.
Já entre fevereiro e abril de 2021, o Coaf anotou “haver pagamentos de boletos em benefício de terceiros, sem motivação aparente, bem como saques em dinheiro vivo em valores abaixo de R$ 10 mil, aparentemente na tentativa de burlar a identificação dos intervenientes dificultando a identificação de parte do destino dos recursos”.
Os relatórios mostram ainda transações de R$ 3,2 milhões de “dois terrenos de forma irregular”.