O clima entre o PT e o PSB azedou nos últimos dias. Lula e Carlos Siqueira, presidente do PSB, tiveram uma conversa ruim na terça-feira (21) segundo a coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles, em que a discordância central foi a falta de abertura do PT em apresentar contrapartidas estaduais para a aliança nacional. Mais exatamente São Paulo.
O ex-governador Márcio França, pré-candidato ao governo de São Paulo e artífice da ideia de levar Geraldo Alckmin para o PSB, tornando-o vice de Lula, tem se irritado com a falta de abertura de Fernando Haddad para tratar da possibilidade de retirada de sua pré-candidatura ao governo do estado.
Ex-presidente Lula e ex-governador Geraldo Alckmin participaram de jantar em 19 de dezembro, em São Paulo
Após jantar com Alckmin, Lula recebe caciques do PSB
Haddad sente que, agora que topou ser candidato, não é justo com ele que tenha de retirar a candidatura. Já França diz que a postura inflexível de sequer discutir essa possibilidade mostra uma falta de disposição do PT de solucionar o impasse.
Segundo interlocutores de França, ele quer que ao menos seja estabelecido um critério para decidir qual dos dois será o candidato. Um possível critério poderia ser que, num determinado momento, abril, por exemplo, seguisse a candidatura que estivesse mais à frente nas pesquisas.
Nesta terça-feira, França expôs publicamente a discordância, tuitando prints comparando os votos que ele e Fernando Haddad tiveram em 2018 em São Paulo. Naquele ano, França teve 10 milhões de votos no estado na disputa pelo governo do estado, perdendo por pouco para João Doria. Já Fernando Haddad, candidato a presidente, teve, como candidato a presidente, 7,2 milhões de votos no estado.