Moradores do município de Castelândia (GO) voltarão às urnas neste domingo para elegerem novos vereadores, que ficarão no cargo só por 33 dias. A eleição suplementar foi autorizada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), após a cassação, por fraude da cota de gênero, do mandato de cinco candidatos eleitos em 2020. O caso foi revelado pelo Estadão.
No mês passado, 3.891 eleitores do município, distante de 260 km da capital do estado, foram às urnas para elegerem, além do próximo prefeito, o grupo de nove vereadores que os representariam na Câmara Municipal pelos próximos quatro anos. O que eles não sabiam era que estariam de volta às seções eleitorais cinco semanas depois.
Entenda o que aconteceu
Em abril deste ano, foram cassados os mandatos de cinco vereadores eleitos em 2020. Ligados a uma chapa firmada entre os partidos MDB e Solidariedade, os políticos foram suspensos ao serem condenados por fraude à cota de gênero.
Diante desse cenário, a Justiça também determinou a anulação de todos os votos recebidos pela chapa cassada, o que, na prática, representava 61,84% do total contabilizado na cidade.
Como mais da metade dos votos obtidos durante do pleito foi anulada, o TRE-GO decidiu autorizar, então, a realização de uma eleição suplementar, marcada para este domingo (10).
Após o pleito, os nove eleitos serão empossados no dia 29 de novembro, mas só poderão exercer a função pelos 33 dias seguintes. Isso porque, a partir do dia 1º de janeiro, assumem os vereadores escolhidos pela população em outubro deste ano.
Como não existem restrições para os postulantes da eleições suplementar, entre os 22 inscritos para a disputa suplementar, estão cinco que acabaram de ser eleitos em outubro, outros cinco que ficaram como suplentes, e quatro que não foram eleitos.