A variante ômicron provocou uma explosão de casos de covid-19 na África do Sul, mas até o momento com menos hospitalizações e mortes que em ondas anteriores da pandemia, informaram nesta sexta-feira (17) as autoridades de saúde.
O país registrou na quarta-feira o recorde de contágios desde o início da pandemia, devido à propagação extremamente rápida da ômicron, afirmou Michelle Groome, do Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis (NICD).
“As hospitalizações não aumentam em um ritmo tão dramático”, declarou em uma entrevista coletiva.
“Estamos começando a ver alguns aumentos, mas aumentos relativamente pequenos nas mortes”, acrescentou.
Wassila Jassat, também do NICD, afirmou que o número de pessoas que precisam de oxigênio é “menor na comparação com qualquer onda anterior” de covid-19.
“Os pacientes parecem permanecer por um período mais curto”, disse.
O ministro da Saúde da África do Sul, Joe Phaahla, afirmou que os dados não significam que a ômicron seja menos virulenta, e sim que as vacinas permitem evitar os casos graves.
Quase um terço da população sul-africana está completamente vacinada. O índice sobe para 66% entre as pessoas com mais de 60 anos.
A variante ômicron, que apresenta múltiplas mutações, foi detectada pela primeira vez na África do Sul e em Botsuana em novembro e provocou pânico mundial, pois parece mais contagiosa que outras variantes.