A Justiça Federal de Brasília marcou para 15 de fevereiro o depoimento de Marluce Vieira Lima no processo dos R$ 51 milhões encontrados em malas de dinheiro em um apartamento em Salvador.
Marluce é mãe do ex-ministro Geddel Vieira Lima e do deputado Lúcio Vieira Lima, ambos do MDB-BA. Os três são réus pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), os R$ 51 milhões têm como possíveis origens: propinas da construtora Odebrecht; repasses do operador financeiro Lúcio Funaro; e desvios de políticos do MDB.
Em novembro do ano passado, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, enviou o caso de Marluce à primeira instância da Justiça de Brasília para o processo não ficar parado.
Responsável por marcar o depoimento de Marluce, o juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, considerou: “Haja vista o transcurso do prazo fixado no atestado médico, hei por bem designar o dia 14/02/2019, às 14h30 a realização do interrogatório”. O depoimento será dado por videoconferência.
Marluce Vieira Lima não compareceu ao interrogatório no STF, marcado para 30 de outubro do ano passado, alegando motivos de saúde.
O caso
Ao denunciar Marluce, Geddel e Lúcio Vieira Lima, a PGR afirmou que a Petrobras, Furnas e a Caixa Econômica Federal tiveram prejuízo de ao menos R$ 587,1 milhões. Só no banco, teriam sido desviados para propina R$ 170 milhões pela ingerência de Geddel, segundo a PGR.
A procuradoria também apura se uma parte dos R$ 51 milhões corresponde a parte dos salários de assessores que, segundo a PF, eram devolvidos aos irmãos Vieira Lima.