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Processo refere-se a declarações proferidas pelo delegado em entrevista para Globo News no mês de junho, em que acusava a deputada de envolvimento com comércio ilegal de madeira na Amazônia
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) perdeu na Justiça uma ação movida contra a Globo e contra o delegado Alexandre Saraiva e os jornalistas Andréia Sadi, Octavio Guedes, Marcelo Lins e Daniel Rocha, da Globo News, por conta de críticas feitas pelo delegado, enquanto concedia entrevista à emissora.
A deputada queria a responsabilização dos jornalistas e da empresa, alegando que eles não a defenderam quando o delegado fez ataques a ela ao repercutir o caso dos assassinatos do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo em maio de 2022.
Durante a entrevista realizada em junho, o delegado Alexandre Saraiva acusou Carla Zambelli e outros parlamentares de apoiarem o garimpo ilegal. Com isso, ela entrou com a ação contra ele e também contra os jornalistas que o entrevistaram, cobrando R＄ 52,8 mil (40 salários mínimos) por danos morais.
O advogado Amaury Marques, que representa o delegado Alexandre Saraiva, enfatiza que a sentença só vem a corroborar que o delegado estava sofrendo interferência de políticos nas investigações sobre os madeireiros. “Na sentença, podemos observar que as declarações feitas pelo delegado na entrevista não são suficientes para afrontar a honra ou integridade de quem ocupa um cargo público. Elas apenas confirmam a interferência de agentes do Estado, e isso incluir a deputada, nas investigações de comércio ilegal de madeira na Amazônia”, explica Marques.
A deputada federal ainda pode recorrer da sentença proferida na última terça-feira (18), pelo Juiz de Direito Substituto Manuel Eduardo Pedroso Barros.
No mês de maio, o advogado Amaury Marques também pleiteou uma ação popular contra a deputada federal Carla Zambelli, que fez uma”vakinha” e arrecadou até 27 de abril deste ano, mais de R＄100 mil para pagamentos de processos. A ação, protocolada junto à justiça do Distrito Federal, contra a deputada federal está em fase de citação, que é quando ocorre a convocação do réu para participar do processo.
Sobre o Amaury Marques Advogado
Advogado formado em 1992 pela UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, atua no contencioso cível há duas décadas, pós graduado em Direito Civil e processo Civil, especialista em Direito do Entretenimento pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e doutorando em Ciências Jurídicas pela UCA – Pontificia Universidad Catolica Argentina. Com larga experiência em diversos Tribunais, tais como Rio de Janeiro, São Paulo e Amazonas, além de atuação junto ao Superior Tribunal de Justiça. Integrou os departamentos jurídicos do Unibanco – União de Bancos Brasileiros S/A, Fininvest, Light Serviços de Eletricidade S/A, coordenou o contencioso do Ecad – Escritório Central de Arrecadação e Distribuição de direitos autorais; Mobilitá Licenciamento de Marcas e Participações Ltda e Casa e Vídeo Rio de Janeiro S/A. É membro efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros e Integra a Comissão de Direitos Autorais, Imateriais e Entretenimento da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção do Estado do Rio de Janeiro. Integrou a Comissão de Estudos Processuais e Judiciários e o Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol do Rio de Janeiro.
