quinta-feira 12 de setembro de 2024
Da esquerda para a direita: os candidatos Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB), José Luiz Datena (PSDB) e Ricardo Nunes (MDB) — Foto: Fotos de Edilson Dantas/O Globo
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quarta-feira 21 de agosto de 2024 às 16:45h

Candidatos se unem para barrar Pablo Marçal dos debates na TV em São Paulo

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Os marqueteiros das campanhas de Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e José Luiz Datena (PSDB) desencadearam uma ofensiva de bastidores segundo a coluna de Malu Gaspar, do O Globo, sobre as emissoras de TV aberta para impedir que o candidato do PRTB, Pablo Marçal, esteja nos próximos debates entre candidatos à prefeitura de São Paulo.

Representantes das campanhas têm procurado os responsáveis pelos debates para propor que a cláusula de barreira seja adotada como critério para escolher quais candidatos participam dos programas. Isso eliminaria Marçal porque seu partido, PRTB, não atingiu o número mínimo de votos necessário na última eleição e não elegeu nenhum deputado federal.

A proposta foi feita à RedeTV!, que promove um debate em 17 de setembro junto com o UOL, e informalmente já indicou que não vai chamar Marçal, e também será feita ao SBT, que marcou seu embate entre os candidatos para 20 de setembro. Record e TV Globo também já foram sondadas.

Na última eleição, a cláusula exigia que cada legenda obtivesse pelo menos 2% dos votos válidos, com um mínimo de 1% em nove estados, ou que elegesse ao menos 11 deputados federais em um terço das unidades da federação.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) obriga que todos os candidatos de partidos com pelo menos cinco parlamentares filiados três meses antes do pleito sejam convidados para debates, mas não proíbe chamar quem não cumpriu. Diz apenas que as regras devem ser estabelecidas em acordo entre os partidos e o realizador do evento e que elas devem ser comunicadas à Justiça Eleitoral.

O PRTB de Marçal não elegeu nenhum deputado ou senador em 2022 e permanece sem representação no Congresso Nacional.

Até agora, o critério mais comum era convidar os cinco ou seis mais bem colocados em pesquisas de opinião – e por isso Marçal, que aparecia em quarto lugar em quase todos os levantamentos, vinha sendo chamado.

Depois dos eventos da Band e do Estadão, em que o coach atacou adversários, descumpriu regras como a de não exibir documentos ao público e depois inundou as redes com cortes que ampliaram seu alcance e sua popularidade nas redes, os três candidatos com melhor pontuação nas pesquisas reagiram.

Não foram ao debate da revista Veja, realizado na última segunda-feira, decididos a não dar palco para o coach. Alegaram ainda que o comportamento de Marçal não permite uma discussão concreta sobre os problemas da cidade e que não é possível comparecer a debates em que a organização não impõe regras a um dos participantes.

Punição

Enquanto a discussão sobre o critério da cláusula de barreira se dá nos bastidores, oficialmente as candidaturas têm feito uma exigência bastante clara: que os organizadores dos debates adotem punições para quem não cumprir as regras do evento. Essas punições não estavam claras e não foram aplicadas nos debates da Band e do Estadão.

Na reunião desta tarde com o SBT, porém, a questão já foi colocada de forma clara pelas equipes de campanha. A ideia é que haja um regulamento mais estrito, com punições que evoluam da advertência à perda de tempo, passando pelo desligamento do microfone e até a exclusão do debate.

Por ora, as discussões ainda não tiveram um resultado concreto, mesmo porque o próximo debate, do MyNews em parceria com a TV Gazeta, só ocorre em 1º de setembro.

O que dá para prever é que, até lá, muita briga ainda pode acontecer, independentemente das regras e do desejo das campanhas.

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