Pode haver “recordes” também no Poder Executivo. Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso vença a disputa pelo Palácio do Planalto, seria o primeiro brasileiro a ser eleito presidente por três vezes. Amazonino Mendes (Cidadania), se escolhido pelas urnas do Amazonas, pode alcançar o feito inédito de encabeçar um governo estadual por cinco mandatos.
Levantamento publicado pelo canal CNN, mostra os candidatos que disputam cargos nas eleições de 2022 e podem “bater recorde” de mandato.
Parlamentares podem atingir três décadas no Congresso
As primeiras eleições para o Congresso Nacional pós-redemocratização foram realizadas em 1986. Miro Teixeira (PDT-RJ), Gonzaga Patriota (PSB-PE) e Paes Landim (PTB-PI), eleitos deputados federais naquele ano, podem alcançar o nono mandato em 2022 — o que equivaleria a 36 anos de Casa.
Miro Teixeira se elegeu em todos os pleitos desde 1986, com exceção ao disputado em 2018. Ele ainda teve três mandatos durante a ditadura militar.
Desde a redemocratização, Gonzaga Patriota (PSB-PE) só não foi eleito deputado federal em 1990; e Paes Landim (PTB-PI), em 2018.
Átila Lins (PSD-AM) não esteve entre os eleitos de 1986, mas foi conduzido à Câmara em todas as eleições seguintes e pode também chegar ao nono mandato neste ano.
Também candidatos neste ano, José Rocha (União Brasil-BA), Arlindo Chinaglia (PT-SP), Ivan Valente (PT-SP), Eduardo Barbosa (PSDB), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) podem alcançar o oitavo mandato na Câmara dos Deputados.
No Senado Federal, Alvaro Dias (Podemos-PR) e Romero Jucá (MDB-RR) são os que podem alcançar maior tempo na Casa. Ambos podem chegar ao quarto mandato desde a redemocratização, totalizando 32 anos de cadeira.
Dias foi eleito para mandatos de oito anos em 1998, 2006 e 2014. Ele ainda esteve na Casa de 1982 a 1986, ainda antes da redemocratização. Jucá foi escolhido pelas urnas em 1994, 2002 e 2010.
Chances de governadores recordistas
Em 1986 também foram realizadas eleições para governos estaduais. Naquele ano, Amazonino Mendes (então do PDC) foi eleito pela primeira vez à chefia de Estado do Amazonas.
Amazonino voltou a ser eleito governador do Amazonas em 1994, quando filiado ao PPR. Em 1998, foi reeleito, desta vez pelo PFL. Sem possibilidade de permanecer no cargo, ele se afastou do Executivo por mais de 15 anos.
Filiado ao PDT, ele voltou a se eleger em 2017 para um mandato mais curto. Na ocasião, o Amazonas realizou uma eleição excepcional porque o então governador, José Melo (Pros), e seu vice, José Henrique de Oliveira, foram cassados pela Justiça Eleitoral por compra de votos no pleito de 2014.
Agora filiado ao Cidadania, ele pode obter o quinto mandato em 2022.
Roberto Requião (PT), candidato ao governo do Paraná neste ano, tenta chegar ao seu quarto mandato no estado. Ele foi eleito em 1990, 2002 e 2006, quando era filiado ao PMDB.