Raila Odinga, segundo colocado na eleição presidencial de 9 de agosto no Quênia, apresentou um recurso à Suprema Corte contra os resultados da votação.
Odinga, candidato da oposição, mas apoiado na eleição pelo atual presidente Uhuru Kenyatta, já havia anunciado a intenção de contestar os resultados anunciados em 15 de agosto pela Comissão Eleitoral (IEBC), que ele chamou de “farsa”.
De acordo com os números da IEBC, Odinga foi superado pelo atual vice-presidente William Ruto por 230.000 votos (50,49% contra 48,85%).
O recurso “foi enviado e em breve vocês terão acesso”, declarou nesta segunda-feira Daniel Maanzo, que integra a equipe jurídico de Odinga, de 77 anos.
“A cópia física deve chegar antes das 14h00” (8h00 de Brasília), informou, ao citar o horário limite para a apresentação de recurso.
“Acreditamos que apresentamos um bom dossiê e que vamos ganhar”, acrescentou o advogado.
No dia 15 de agosto, o anúncio dos resultados pelo presidente da IEBC provocou muitas divergências neste órgão independente responsável por organizar as eleições.
Quatro dos sete comissários da IEBC anunciaram que rejeitavam os resultados, poucos minutos depois da divulgação dos dados, e criticaram o presidente do organismo por uma gestão “opaca” e pela falta de coordenação.
Desde 2002, todas as eleições presidenciais do Quênia foram contestadas e provocaram confrontos, em alguns casos violentos.