Candidato a vice-presidente na chapa de Lula, Geraldo Alckmin tem mostrado a aliados certo incômodo com a alta exposição da esposa, dona Lu. Filiada no PSB desde abril, ela era uma das apostas de Márcio França como puxadora de votos. Outro plano cogitado para a ex-primeira-dama de São Paulo era emplacá-la como vice na chada de Fernando Haddad ao Palácio dos Bandeirantes, mas a ideia naufragou, como informou o Estadão.
Correligionários do PSB e do PT relataram à coluna de Bela Megale, do O Globo, que Alckmin mostra resistência em relação à entrada da esposa na política. O ex-governador chegou a pedir a aliados que diminuíssem a exposição dela. Dona Lu também não sinalizou interesse em abraçar o projeto.
A justificativa dos dois é que ambos atuam juntos e em sintonia e que a entrada da ex-primeira-dama na vida política, seja como candidata a vice ou deputada, iria distanciar o casal na campanha. Além disso, haveria a possibilidade de terem que morar em cidades separadas, caso Haddad e Lula sejam vitoriosos no pleito. Procurada pela coluna, a assessoria de Alckmin não respondeu aos questionamentos sobre o tema.
Desde que passou a acompanhar as agendas do marido na campanha com Lula, dona Lu é descrita como “uma revelação do grupo”. Segundo relatos de seus membros, a ex-primeira-dama “esbanja carisma” por onde vai e mostra muito interesse em todas as agendas. Ela também faz elogios frequentes às falas de Lula e se aproxima da esposa do petista, Rosangela Silva, a Janja.