Até a manhã da última terça-feira, 6 de outubro, tudo estava se encaminhando para, em alguma data próxima, ocorrer o debate da TV Itapoan, afiliada local da Rede Record, entre os candidatos à prefeitura de Salvador. Porém, conforme nota, inesperadamente, os assessores dos candidatos receberam a notícia, ainda pela manhã, que havia sido cancelada a reunião do dia posterior, dia 7, quando encontrariam-se, na sede da emissora, com o seu diretor de jornalismo, Leonardo Habib. Mais tarde, às quinze horas e doze minutos, o jornalista responsável pela assessoria do candidato Celsinho Cotrim (PROS), José Calasans, recebeu um documento, via WhatsApp, onde constava o anúncio do cancelamento do debate de primeiro turno, com a justificativa de que o fariam por prevenção quanto ao novo Coronavírus, seguindo orientações de uma comissão de médicos.
Tendo participado do debate promovido pela TV Band, que o realizou seguindo todos os procedimentos de segurança necessários, no dia 1 de outubro, e já “com a pulga atrás da orelha” por conta da decisão da TV Aratu de limitar o seu debate a somente quatro candidatos,
Celsinho resolveu vir a público para tornar clara a sua opinião, em forma de desabafo:
“É mesmo lamentável que se deixe de fazer o debate político, o debate das ideias, o debate da Salvador que queremos.
-Tenho achado muito estranho esse tipo de comportamento da imprensa com a conivência de alguns políticos na tentativa de cerceamento de um dos maiores momentos de um processo democrático, que é o momento da discussão acirrada das propostas._
-Agora, é a Record, cancelando o debate; está em discussão o novo modelo que a TV ARATU quer implantar acima da lei, alijando cinco candidatos do debate; e fala-se que a TV Bahia quer ir na mesma linha…
-Como diz Magary Lord, ‘estranho, hein?'”