Apesar do cenário de estagnação no Datafolha divulgado nesta quinta-feira (28), a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) viu motivos para comemorar.
Aliados avaliaram a subida entre as mulheres como o primeiro reflexo prático de uma estratégia que incluiu a participação da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Na pesquisa, realizada de 27 a 28 de julho, Bolsonaro subiu de 21% para 27% de intenções de voto femininas em relação à rodada anterior, de 22 e 23 de junho. Ainda perde com larga distância de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tinha 49% antes e oscilou negativamente para 46%.
A aposta é que o mesmo vai acontecer no eleitorado mais pobre quando o novo Auxílio Brasil começar a vigorar, em agosto. Esse cenário econômico, incluindo a redução nos preços dos combustíveis, deve ser absorvido mais no próximo mês, avaliam aliados.
O resultado do Datafolha é visto como positivo porque, na avaliação de auxiliares do presidente, acentua movimentações em um eleitorado fora da bolha. Dentro dessa perspectiva, consegue captar melhor as mudanças na prioridade deste momento: o bolsonarista arrependido. É esse voto que eles pretendem recuperar, a menos de três meses das eleições.
Há a leitura ainda, nova entre os estrategistas do presidente, que os ataques às urnas eletrônicas dos últimos dias não causaram danos. A percepção agora é de que seu eleitor e aqueles que estão buscando já precificaram a posição do chefe do Executivo.
A mais recente pesquisa do Datafolha sobre a corrida presidencial de outubro indica a manutenção do cenário aferido na rodada anterior, em junho, com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentando uma vantagem de 18 pontos sobre Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno.
O ex-presidente tem 47% das intenções de voto, o mesmo patamar anterior, enquanto o atual ocupante do Palácio do Planalto oscilou positivamente um ponto, com 29%. A margem de erro do levantamento, contratado pela Folha