O cacique José Acácio Serere Xavante deixou a prisão em Brasília na noite de sábado (9), conforme a revista Veja. Ele estava detido desde 12 de dezembro. Cacique Serere é um dos principais defensores do ex-presidente Jair Bolsonaro e é acusado de participar de atos antidemocráticos na capital no final do ano passado, quando ônibus e carros foram queimados e houve tentativa e invasão da sede da Polícia Federal.
Serere foi solto da cadeia por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que é relator do inquérito dos atos antidemocráticos. O indígena acabou virando o epicentro dos protestos de 12 em dezembro em Brasília, já que foi preso pela Polícia Federal no momento em que os bolsonaristas tinham saído de uma manifestação com a presença de Bolsonaro.
Minutos antes de sua prisão, Serere tinha participado de um encontro de mais de 300 apoiadores de Bolsonaro na frente do Palácio do Alvorada. Na ocasião, Bolsonaro compareceu ao local para prestigiar seus seguidores. Serere foi preso por policiais federais no meio do comboio. Foi sua prisão que causou a revolta dos bolsonaristas que tentaram invadir a sede da Polícia Federal.
O cacique Serere fez vários discursos atacando o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes. O cacique também pregava desobediência ao processo eleitoral, dizendo que Lula não tinha sido eleito dentro das regras democráticas. Além disso, Serere cobrava a participação do Exército em uma ação mais dura para impedir a posse do presidente Lula na Presidência da República. Após deixar a cadeia, o cacique teve um emocionado encontro com a família.