O ex-deputado estadual Heraldo Rocha defendeu, em entrevista publicada pelo jornal Tribuna da Bahia, que o vice-prefeito Bruno Reis (DEM) está preparado para ser o sucessor do ACM Neto (DEM). É qualificado. Conheço Bruno Reis desde quando começou como assessor de ACM Neto. É menino de boa formação moral, ética e gestor. Ele está numa pasta importante. Salvador hoje não pode mais ser gerenciado por pessoas inexperientes. Tem que ter experiência. Bruno, apesar de jovem, é muito experiente. Ele conhece a cidade de Salvador. É um operário de Salvador ”, afirmou.
Ainda na entrevista, Rocha atacou o governo de Rui Costa (PT). “Ele está em uma zona de conforto. Uma área de infraestrutura tem o caos das estradas no interior. Cito Macarani até Itapetinga. Eu acho que o governo tem um excelente gestor na área de Comunicação. O secretário André Curvello é um competente gestor. Uma área de segurança pública vai bem? O tráfico tomou conta não apenas das grandes cidades, mas também das pequenas. A área de saúde vai bem? Não ”, registrado.
O ex-presidente do DEM também falou sobre a possibilidade de ser candidato a prefeito em Macarani. Estou analisando. Na pesquisa que foi feita lá, meu nome desponta, na espontânea, muito bem. Mas eu não sou candidato a mim mesmo. Eu dependo do apoio das lideranças da localidade ”, pontuou.
Sobre uma estratégia da oposição a Salvador, o democrata afirmou que o pleito será difícil para todos. “Eleição só sabe depois que se abre como urnas. Não existe facilidade em escolher. Toda e qualquer escolha é difícil. O PT terá seu candidato. Acredite que o PT trabalha para um outro candidato, mas quem pode dizer é o governador que é o grande condutor do processo. Ele pode dizer quem é o candidato dele. Ou se houver vários candidatos, como na seleção passada. Vai ter pulverização na seleção? Eu não acho isso muito saudável. Acho que tem um candidato para que a população possa analisar na hora de votar no candidato. Ter vários candidatos … quem é o candidato do PT? O PT tem quadros, como nós temos vários quadros muito bons. Neto tem uma equipe fantástica. Formar uma equipe de técnicos muito bons. Quando Neto assume uma cidade, ele encontra uma situação caótica. Neto é um gestor de qualidade. Realmente, Salvador hoje é um modelo em nível nacional. Salvador é uma cidade difícil de ser administrada ”, disse.
O presidente Jair Bolsonaro encerrou recentemente o seu primeiro ano de governo. Como o senhor avalia o cenário político nacional?
Heraldo Rocha – Olha, eu acredito muito na recuperação da economia. O quadro é muito bom. Conseguiram resultados, no primeiro ano de governo, muito bom. Acho que o Congresso evoluiu, avançou. A reforma da Previdência foi um grande avanço. O pacote anticrime e outras medidas foram tomadas. Eu sou pela preservação das instituições. E estão preservadas mesmo com as críticas de alguns. A democracia é a convivência dos contrastes. A área do agronegócio vai muito bem, com a recuperação muito grande conduzida pela ministra Teresa Cristina. A área da Saúde, o ministro é muito competente. E a infraestrutura tem avançado. Eu acho que houve avanços. Votei no presidente no segundo turno, meu partido. Eu sou Democrata. Nunca mudei de partido e o nosso partido tem apoiado naquilo que é bom para o Brasil. Os parlamentares do nosso partido liderado por Elmar Nascimento conduziram muito bem as reformas, que precisam avançar. Nós precisamos fazer a reforma administrativa. Precisamos enxugar o Estado mais ainda. O que discordo é colocar o servidor público como responsável pela derrocada do país. De forma nenhuma. O servidor público é um segmento importante da equipe de governo. O presidente tem o estilo dele. É o modelo que ele tem. Tem determinadas coisas que eu discordo, mas ele é o presidente. Foi eleito pela maioria do povo brasileiro e temos que respeitar.
Em relação ao cenário local, qual será o principal desafio do Democratas em Salvador, considerando que o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, desistiu de disputar?
Heraldo Rocha – O líder do processo é o prefeito ACM Neto, que tem realizado uma administração desde o primeiro dia do seu governo, com controle das contas públicas. É uma gestão fiscal eficiente, o que é fundamental. Tem políticas públicas de alcance social. Vou dar alguns exemplos: Morar Melhor. Salvador é uma cidade difícil, com muita desigualdade social. Tivemos um período de chuva muito grande e graças a Deus, foram muitos os problemas, mas contornáveis. Essa concorrência do governador com Neto é saudável, mas Neto tem investido muito. E tem muito recurso para investir. A prefeitura tem recurso, recurso próprio. Ele melhorou a qualidade de vida do soteropolitano. Não tem dúvida. Antigamente, nós éramos criticados porque diziam que o nosso grupo político só investia em bairros de ricos. Se for ao Subúrbio Ferroviário, tem vários investimentos importantes, como o hospital municipal, que é um centro de excelência, com recursos próprios. Tem UPAs. Tem investimento muito forte em atenção básica à saúde. Quando Neto assumiu a prefeitura – não me lembro o detalhe –, eu acho que era 18% a cobertura. Ele está em quase 50%. E atenção básica é fundamental. O novo Centro de Convenções vai gerar… Salvador é hoje o maior polo turístico do país e um dos maiores do mundo. E Neto ainda tem um ano de governo. Agora que ele vai lançar o pré-candidato, que todos nós sabemos que é Bruno Reis.
Tudo indica que o prefeito ACM Neto escolherá o vice, Bruno Reis, para disputar a sucessão. O que pensa sobre ele?
Heraldo Rocha – É qualificado. Conheço Bruno Reis desde quando começou como assessor de ACM Neto. É menino de boa formação moral, ética e gestor. Ele está numa pasta importante. Salvador hoje não pode mais ser gerenciada por pessoas inexperientes. Tem que ter experiência. Bruno, apesar de jovem, é muito experiente. Ele conhece a cidade de Salvador. É um operário de Salvador. Gosto dele como pessoa. É um sujeito educado, ético. E tem uma boa formação. Sempre trabalhou com Neto, como assessor parlamentar e depois que foi para a prefeitura. Ele sempre se destacou nas pastas. Cada pasta que ele assumiu, ele se destacou. Acredito que seja um excelente pré-candidato.
O que acha de Leo Prates tentar uma candidatura própria? Ele pediu para sair do Democratas com argumento de que estava sofrendo perseguição?
Heraldo Rocha – Natural. Acho que toda pessoa tem direito a ser candidato. Eu entrei na política no carlismo e me considero carlista. Agora, a condução do processo é do prefeito. O Leo é uma pessoa preparada. Foi vereador. Foi um bom presidente de Câmara. É um direito natural que ele tem de ser pré-candidato.
Leo Prates corre algum risco de ser retaliado pelo grupo?
Heraldo Rocha – Não, acredito não. Não, porque ele sempre foi do nosso grupo. Ele tem o nosso DNA. A formação dele, como político e gestor, é no grupo de ACM Neto.
A ausência de um candidato forte do PT e dos aliados facilita a vida de Bruno Reis nas eleições?
Heraldo Rocha – Eleição só sabe depois que se abre as urnas. Não existe facilidade em eleição. Toda e qualquer eleição é difícil. O PT terá seu candidato. Acredito que o PT trabalhará para um o outro candidato, mas quem pode dizer é o governador, que é o grande condutor do processo. Ele que pode dizer quem é o candidato dele. Ou se vai ter vários candidatos como na eleição passada. Vai ter pulverização na eleição? Eu não acho isso muito saudável. Acho que tem que ter um candidato para que a população possa analisar na hora de votar no candidato. Ter vários candidatos… quem é o candidato do PT? O PT tem quadros, como nós temos vários quadros muito bons. Neto tem uma equipe fantástica. Formou uma equipe de técnicos muito bons. Quando Neto assume a prefeitura, ele encontra uma situação caótica. Neto é um gestor de qualidade. Realmente, Salvador hoje é um modelo a nível nacional. Salvador é uma cidade difícil de ser administrada. É uma cidade que tem uma desigualdade social muito grande. Neto faz festival da Virada, carnaval. Ele introduziu um novo modus operandi. Ele introduziu um modelo de gestão realmente de qualidade. Não posso esquecer da educação. O setor da educação está indo muito bem. Não só infraestrutura, mas como também na área pedagógica. Tem um projeto para a evasão escolar que é muito bom. A área de sustentabilidade é um gol de placa. Nós tivemos a Semana do Clima com resultados espetaculares. É um modelo de gestão, inclusive reconhecido pelas agências internacionais. Mas tem que ter oposição. Não existe eleição sem oposição. Cabe ao grupo, que vai ter seu pré-candidato, que é Bruno, trabalhar mais ainda. Temos ainda um ano para que a população decida. Quem decide é o povo. Vox populi, vox dei. A voz do povo é a voz de Deus.
No ano passado, se especulou que o senhor disputaria a prefeitura de Macarani. Isso vai acontecer?
Heraldo Rocha – Estou analisando. Na pesquisa que foi feita lá, o meu nome desponta, na espontânea, muito bem. Mas eu não sou candidato de mim mesmo. Eu dependo do apoio das lideranças da localidade. Se possível, tudo bem. Não tem essa decisão ainda. Pela legislação eleitoral, eu posso até abril. Mas, eu estou costurando. Se possível, será uma experiência, para mim, de vida. É município que está muito mal gerenciado.
O senhor não está mais na presidência do DEM de Salvador?
Heraldo Rocha – Eu sou Democratas. Fui PFL. Eu nunca mudei de partido e não vou mudar. Sigo o meu grupo político. Estão estudando a renovação. E já estou na presidência há muito tempo. Estive com o presidente (do DEM na Bahia, o deputado federal Paulo Azi) e ainda estou aguardando (se fico ou não na presidência do partido).
O governador Rui Costa está indo para o segundo ano do segundo mandato. Ele tem conseguido dar conta do recado? Como avalia a gestão dele?
Heraldo Rocha – Olha, ele está em uma zona de conforto. A área de infraestrutura tem o caos das estradas no interior. Cito Macarani até Itapetinga. De Canavieiras a Santa Luzia. Eu acho que o governo tem um excelente gestor na área de Comunicação. O secretário André Curvello é competentíssimo gestor. A área de segurança pública vai bem? O tráfico tomou conta não apenas das grandes cidades, mas também das pequenas. A área de saúde vai bem? Não. Ele investiu em policlínica. É um projeto muito bom. Fez 15 policlínicas. Mas, a fila da regulação está aí. Diariamente, eu recebo pedido de pacientes. O paciente vai à policlínica, faz o exame, mas e os procedimentos? Os exames de laboratório são um complemento. É uma situação caótica. Você chega em Itabuna e está uma situação caótica. A maternidade que dava suporte, lá fecharam um hospital importantíssimo, que era o Hospital Luiz Viana Filho, que era a base de toda a região cacaueira. De Valença até Porto Seguro, a pactuação é com Itabuna. Fizeram o Hospital da Costa do Cacau e não absorve. Não tem capacidade. A demanda é muito maior. Em Santo Amaro, as parturientes estão parindo em São Francisco do Conde e em Salvador. A área de ortopedia e obstetrícia é um caos. Houve uma redução, diagnosticada pelo Conselho Federal de Medicina, de 3 mil leitos. As áreas de ortopedia e obstetrícia ele centralizou no Manoel Vitorino. Sai um paciente de Guanambi para fazer uma consulta ortopédica no Hospital Manoel Vitorino. Então, são duas áreas são importantíssimas. A Climério de Oliveira, que é uma maternidade modelo, está em reforma. Valença, próximo daqui, sei porque é município que representei, a situação é muito grave. Em Itapetinga e em Conquista, o hospital está sobrecarregado. Como é que posso dizer que é uma gestão de qualidade? Não é.
Tribuna – Para esse ano, alguém pode esperar uma renovação na Bahia? No Legislativo, com o fim das coligações fornecidas?
Heraldo Rocha – No caso de Salvador, temos uma excelente Câmara Municipal. Muito competente. Considero os nossos verificadores tanto de um lado quanto de outro … A Câmara desenvolveu um excelente trabalho. Não posso prever. Agora, existe o que chama gente de fadiga. E nos municípios, os prefeitos … Vamos ver. Uma coisa que quero deixar clara é que eu acredito no Brasil. Acredito na recuperação econômica do Brasil. Acredito que vamos resolver o desemprego. Não há mais condição de ter tantos empregos. Temos que melhorar a economia.
Presidente do DEM de Salvador, Dr. Heraldo Rocha fala com Acesse Política