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segunda-feira 28 de setembro de 2020 às 11:46h

Bruno Barral diz que melhores alunos das universidades não querem ser professores

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O secretário municipal de Educação, Bruno Barral, foi alvo de críticas por parte dos professores após dizer que os melhores alunos das universidades não querem ser professores. Em entrevista a um veículo local, o gestor ainda criticou a falta de qualificação dos educadores.

“A profissão do professor caiu em descrédito de nossa sociedade. O que precisa fazer é se reformular o processo. Hoje você não tem os melhores alunos do ensino médio desejando ir para o curso de pedagogia e licenciatura. Não tem. Hoje, quem vai ser professor nas universidades e tem interesse de fazer um curso de pedagogia, psicopedagogia e licenciatura não são os melhores alunos. Os melhores alunos querem fazer medicina, direito, engenharia, jornalismo, administração. Mas eles não são estimulados a isso e isso precisa ser construído de forma diferente”, disse o secretário conforme publicou o Metro1.

Ainda segundo Barral, professores adotam posturas distintas em colégios públicos em relação aos da rede particular. “Vejo muitas vezes os professores estarem preocupados com a estabilidade, aqui é uma crítica clara e podem achar ruim quem quiser achar, APLB ou quem seja, estou dando minha opinião. É muito maior uma preocupação com a estabilidade do processo laboral deles do que com um processo de qualidade. Não são todos, mas nós temos muitos professores que têm um comportamento na escola pública de um jeito e na escola particular é de um outro jeito”, afirmou.

A declaração causou revolta nas redes sociais de entidades da classe. Professores criticaram o secretário e pediram respeito. Em nota, a Associação dos Professores Licenciados do Brasil – Secção da Bahia (APLB-BA) rebateu a fala do secretário e acusou barral de tentar diminuir a profissão.

“Desvalorizar o trabalho do professor é desconhecer a real importância dessa profissão para a construção de uma sociedade letrada, onde saberes são compartilhados e o conhecimento é transmitido e/ou construído, onde os alunos desenvolvem competências e habilidades para uma formação cidadã”, disse a entidade. “O secretário não reconhece que a administração municipal não atende os direitos dos profissionais da educação constantes no Plano de Carreira, paga salários que estão aquém das suas atribuições, além de expor alunos e professores às péssimas condições de trabalho”, acrescenta.

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