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quarta-feira 6 de julho de 2022 às 16:32h

Brasília se torna primeira cidade do Brasil com rede 5G; Claro é a primeira a lançar a rede

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A rede 5G começou a funcionar nesta quarta-feira (6) no Brasil, com a ativação de antenas em Brasília – informou o governo.

“O 5G já é realidade! Olhem a velocidade!”, tuitou o ministro das Comunicações do governo de Jair Bolsonaro, Fábio Faria, junto a uma captura de tela de celular que mostrava uma velocidade de download superior a 1.400 megabytes por segundo.

Inicialmente, a tecnologia, que permite atingir uma velocidade até 100 vezes mais rápida do que o 4G, estará disponível em algumas regiões da capital, como a Esplanada dos Ministérios, e apenas para os modelos de celular de quinta geração.

O Brasil licitou sua rede 5G em novembro passado, leilão no qual arrecadou US$ 8,4 bilhões (R$ 46,79 bilhões) e que se tornou o segundo maior da história do país.

Entre os vencedores, estão Claro (subsidiária da mexicana América Móvil), Telefónica Brasil (dona da marca Vivo e subsidiária do grupo espanhol) e Tim (subsidiária brasileira da Telecom Italia), que dividiram as licenças de âmbito nacional no principal bloco para a operação, de 3,5 GHz.

O Distrito Federal e as 26 capitais restantes do país deveriam receber essa tecnologia até o final de julho, mas esse prazo foi estendido para até setembro.

Especialistas estimam que o 5G requer entre quatro e dez vezes mais antenas que o 4G.

Além de melhorar a velocidade de navegação para os usuários, a rede 5G permite conectar aparelhos entre si e na nuvem, com tempo de resposta imediato. Também possibilita a operação de veículos autônomos nas cidades e de drones, para monitoramento de plantações, ou a realização de cirurgias a distância.

Por isso, o 5G é, em geral, apresentado como a tecnologia da “Internet das coisas”, um mundo no qual os dispositivos conectados podem potencialmente “dialogar” entre si sem intervenção humana.

A licitação 5G no Brasil incluiu uma rede paralela de uso exclusivo do governo, sem equipamentos da empresa chinesa Huawei. A companhia foi excluída pelos termos da convocação em meio a uma disputa geopolítica por acusações de espionagem, sobretudo, por parte dos Estados Unidos.

Claro lança 5G em Brasília

Para além de drone e óculos de realidade virtual, o impacto mais notável foi a taxa de transferência acima de 500 Mbps alcançada por aqueles com smartphones 5G já em mãos. O presidente da Claro, José Félix, insistiu que a velocidade é um diferencial da operadora e fruto da combinação da faixa de 3,5 GHz e de 2,3 GHz, ambas vendidas no leilão de 2021. “O 5G é a fibra na rua. Permite fazer tudo que a fibra propicia em um ambiente sem fio”, resumiu.

Maior velocidade será o primeiro impacto do 5G de forma geral. O que virá de novidade ainda é incógnita. “Antes do 4G não tínhamos os aplicativos que usamos hoje. Eles passaram a existir à medida que uma rede deu suporte. O 5G é uma rede habilitadora. Naturalmente vão surgir novos negócios”, destacou o chefe do mercado pessoal da Claro, Paulo César Teixeira.

A expectativa é que sejam novidades para maior consumo de banda, onde estará o ganho para as operadoras pelo lado das pessoas físicas. “O consumo médio por cliente cresceu 40% em 12 meses. O 5G DSS, comparado com o 4G, com clientes equivalentes, consome o dobro. O fato de consumir o dobro significa que vai gerar o dobro de tráfego, que eventualmente será tarifado. Vai ter que comprar um plano maior para a acomodar a demanda”, disse Teixeira.

A Claro espera uma adoção rápida. Segundo a empresa, 4% dos clientes já têm smartphones compatíveis com 5G e a taxa de crescimento é de 15% ao mês. “A Anatel homologou 75 modelos 5G. Nós comercializamos hoje 28 modelos. Desses 28, 10 operam nas duas faixas, 3,5 GHz e 2,3 GHz”, listou Teixeira.

De outro lado, a empresa aposta que o mercado corporativo será especialmente interessados nas soluções de quinta geração. “Se hoje as empresas têm celulares para falar, o 5G vai permitir usar drones, monitoramento em tempo real, e tem a característica de personalizar a rede para cada situação. As empresas vão querer investir para ter payback, melhorar a produtividade, os custos. Nas empresas high tech isso já está acontecendo. Mas vai chegar nas menores. Óbvio que não será amanhã. Mas tudo será conectado”, apontou José Formoso, que comanda o braço corporativo do grupo, via Embratel.

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