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sexta-feira 17 de julho de 2020 às 04:54h

‘Brasil não pode correr o risco de chegar com Bolsonaro em 2022’, diz senador

DESTAQUE, POLÍTICA


Nesta última quinta-feira (16), o senador Randolfe Rodrigues, líder da oposição no Senado, afirmou em entrevista ao Yahoo Notícias, que o Brasil não pode “correr o risco de chegar com Jair Bolsonaro em 2022”.

“Um governo deste cunho de populismo de extrema direita sempre tem um núcleo duro. É por isso que temos que fazer uma aliança ampla, pois temos uma tarefa tão grande quanto enfrentar a pandemia do coronavírus: reconstruir o Brasil”, disse.

Randolfe é autor de um dos pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e um dos articuladores do movimento Janelas pela Democracia, frente política de partidos da oposição com o propósito de articular o afastamento do presidente.

De acordo com o senador, o governo bolsonarista é equivalente a regimes autoritários como o nazismo e o fascismo. Por esse motivo, ele acredita que a “única solução” para tirá-lo do poder, como ele mesmo diz, é reunir apoio do chamado centrão.

Randolfe acredita que esse movimento já existe, no entanto, reforça que a base de Bolsonaro no Congresso é forte.

“Vejo dos campos se formando: o primeiro são setores da oposição, um setor amplo que abrange centro liberal democrático e oposição. Mas acredito que o núcleo consistente do presidente continue com cerca de 20% de apoio”, afirmou.

O senador vê que o apoio popular a Bolsonaro entre as camadas mais pobres da sociedade seja passageiro, que só está ocorrendo hoje, inclusive, por conta do auxílio emergencial. Assim que o auxílio terminar, portanto, esse apoio sumiria.

Além disso, Randolfe cravou que devido a crise política durante a pandemia desestimula os brasileiros nas eleições municipais deste ano, citando um projeto de própria autoria para adiar o pleito.

“As crises sanitária e a econômica terão impacto em todas as esferas do governo, em todos os âmbitos. Acho que meu projeto está certo”.

Randolfe já está no segundo mandato como senador. Foi eleito o senador mais jovem do país em 2010, aos 36 anos. Formado em História com mestrado em políticas públicas, também já foi deputado estadual do Amapá por dois mandatos.

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