A definição de que a seleção brasileira de futebol masculino não participará dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 fragiliza a situação de Ednaldo Rodrigues à frente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Neste último domingo (11), a equipe dirigida por Ramon Menezes foi derrotada pela Argentina, por 1 a 0, na última rodada do quadrangular final do pré-olímpico, e não tem mais chances de conquistar a vaga.
Ednaldo foi reconduzido à presidência da instituição em janeiro, por meio de decisão liminar do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal). O caso ainda será julgado no plenário da Corte.
Em sua decisão, o ministro citou o possível risco de a seleção brasileira de futebol ficar fora dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Na ocasião, Gilmar destacou que a inscrição para o torneio classificatório da competição olímpica se encerraria no dia seguinte, 5 de janeiro, e que a inclusão do Brasil na disputa poderia ser inviabilizada se a matrícula fosse assinada por um dirigente não acreditado pelas instituições internacionais competentes, a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e a Fifa (Federação Internacional de Futebol).
Como os Jogos começarão no final de julho, havia a expectativa entre aliados de Ednaldo segundo Fábio Zanini, da coluna Painel, de que o argumento acatado por Gilmar ganhasse sobrevida com os Jogos.
Nesse sentido, eles acreditavam que ele poderia continuar no cargo pelo menos até o final da competição, para que houvesse à frente da entidade um dirigente reconhecido pelas instâncias esportivas competentes. Com a eliminação, o atual presidente da CBF perde um de seus principais argumentos para permanecer no posto.