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quinta-feira 30 de janeiro de 2025 às 10:32h

Brasil é o país com 2º maior juros reais do mundo, atrás só da Argentina; veja ranking

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Com a alta da Selic feita nesta última quarta-feira (29) o Brasil se manteve como o país com o segundo maior patamar de juros reais de todo o mundo.

Agora, com Selic a 13,25%, os juros reais no Brasil ficam em 9,18%, conforme levantamento da MoneYou. O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa em 1 ponto percentual (p.p.), de 12,25% anteriores.

Assim, o Brasil segue atrás somente da Argentina, que tem juros reais de 9,36%.

A taxa de juros real é a taxa de juros ajustada pela inflação, refletindo o verdadeiro custo do crédito ou o retorno de um investimento, descontando a perda do poder de compra causada pela inflação.

Para o ranking, a MoneYou considera os 40 países mais relevantes do mercado de renda fixa mundial nos últimos 25 anos.

A taxa de juro real do Brasil, que é o resultado do juro nominal descontada a inflação, está em 9,18% ao ano.

Atrás do Brasil e Argentina, aparecem Rússia, México e Indonésia.

Veja abaixo o ranking:

Ranking de juros reais

  1. Argentina: 9,36%
  2. Brasil: 9,18%
  3. Rússia: 8,91%
  4. México: 5,52%
  5. Indonésia: 5,13%
  6. Colômbia: 5,01%
  7. República Checa: 3,30%
  8. África do Sul: 2,95%
  9. Filipinas: 2,57%
  10. Hong Kong: 1,99%
  11. Reino Unido: 1,46%
  12. Malásia: 1,39%
  13. Chile: 1,29%
  14. Índia: 1,29%
  15. Hungria: 1,28%
  16. Cingapura: 1,25%
  17. Itália: 1,19%
  18. Israel: 1,17%
  19. Tailândia: 1,16%
  20. China: 1,14%

Olhando para os juros nominais, o Brasil é o 4º país no ranking. Quem lidera é a Turquia, com uma taxa de 45%.

Em seguida, aparecem Argentina e Rússia, com 32% e 21%, respectivamente.

  1. Turquia: 45,00%
  2. Argentina: 32,00%
  3. Rússia: 21,00%
  4. Brasil: 13,25%
  5. México: 10,00%
  6. Colômbia: 9,50%
  7. África do Sul: 7,75%
  8. Hungria: 6,50%
  9. Índia: 6,50%
  10. Filipinas: 5,75%
  11. Indonésia: 5,75%
  12. Polônia: 5,75%
  13. Chile: 5,00%
  14. Hong Kong: 4,75%
  15. Reino Unido: 4,75%
  16. Estados Unidos: 4,50%
  17. Israel: 4,50%
  18. Austrália: 4,35%
  19. Nova Zelândia: 4,25%
  20. República Checa: 4,00%

Como foi a decisão do Copom que elevou a Selic para 13,25%

O Copom decidiu, de forma unânime, pelo aumento de 1p.p. na taxa básica de juros, elevando a Selic de 12,25% para 13,25% ao ano. O aumento já era esperado pelo mercado desde o comunicado de dezembro, .

A Selic chegou ao seu maior valor desde setembro de 2023, quando baixou de 13,25% para 12,75% ao ano. Foi o quarto aumento consecutivo da taxa.

Essa reunião de janeiro foi a primeira com Gabriel Galípolo como presidente do Banco Central, após o encerramento do mandato de Roberto Campos Neto.

“Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião. Para além da próxima reunião, o Comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, diz o comunicado do BC.

O aumento já era esperado pelo mercado e o ciclo de aperto monetário deve seguir. A expectativa é que na próxima reunião, marcada para o dia 19 de março, deva acontecer mais um aumento de 1 pp por conta do ambiente fiscal incerto – conforme sinalizado em guidance pela própria autoridade monetária. O mercado prevê que a taxa Selic deva terminar 2024 em 15%.

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