O Brasil alcançou a marca de 60 mercados na exportação de produtos agropecuários, desde janeiro de 2019. O mais recente é a comercialização de lácteos para a Tailândia, conforme anunciou, na última sexta-feira (22), a ministra Tereza Cristina, do Ministério da Agricultura, da Pecuária e do Abastecimento (Mapa). A informação foi dada durante webinar sobre oportunidades e perspectivas para o setor agropecuário durante a pandemia do coronavírus, promovido pelo Instituto de Engenharia.
“O Ministério da Agricultura, na área internacional, optou pela abertura de mais mercados, mas também pela diversificação de produtos”, ressalta a ministra, destacando que a pauta exportadora não deve ficar concentrada somente em soja, milho, carnes e cana-de-açúcar.
Entre outros produtos para exportação estão: castanha de baru para Coreia do Sul, melão para China (primeira fruta brasileira para o país asiático), gergelim para a Índia, castanha-do-Brasil (conhecida também por castanha-do-Pará) para Arábia Saudita e material genético avícola para diversos países.
Mercado Interno
A ministra Tereza enfatiza que a prioridade é sempre garantir o abastecimento de alimentos e demais produtos agropecuários no mercado interno. Segundo Tereza Cristina, não há risco de falta de alimento no mercado brasileiro. Ela destaca que a expansão das exportações não será feita sem privilegiar a demanda interna do Brasil.
“Estamos acompanhando o que colhemos, o que vendemos. Esse monitoramento é fundamental para a segurança alimentar do Brasil e também o cumprimento dos nossos acordos comerciais”, diz.
Resultado recorde do agronegócio
As exportações do agronegócio atingiram valor recorde no mês de abril, ultrapassando pela primeira vez a barreira de US$ 10 bilhões no mês. O recorde anterior das vendas externas neste mês ocorreu em abril de 2013, quando as exportações somaram US$ 9,65 bilhões. O valor das exportações em abril atingiu US$ 10,22 bilhões, montante 25% superior aos US$ 8,18 bilhões alcançados em abril de 2019.
“Isso é muito bom para o país. Além de abastecer nosso mercado interno, colocar comida no prato de 212 milhões de brasileiros, ainda estamos cumprindo nossos contratos com os nossos parceiros internacionais. Isso traz confiança para o Brasil num momento em que muita gente não está podendo cumprir com as exportações”, disse a ministra Tereza Cristina.
O recorde foi resultado, principalmente, do aumento dos embarques da soja em grão, que cresceram 73,4%, com 16,3 milhões de toneladas. A China foi o principal importador do produto, com a compra de 72,3% da quantidade total exportada.