O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) irá pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para viajar a Israel, para se encontrar com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. O passaporte de Bolsonaro foi apreendido por determinação do ministro Alexandre de Moraes.
— Recebi há pouco uma carta do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que por acaso é capitão do Exército também, me convidando para visitar o seu país para que eu vá naquela região do conflito. Ou melhor, do massacre, da covardia, a região do terrorismo praticado pelo Hamas contra Israel — discurso Bolsonaro, durante evento em Salvador.
Na sexta-feira, Bolsonaro relatou ter recebido uma carta de Netanyahu com um convite para visitar o país. O movimento ocorre em um momento de crise diplomática entre os governos brasileiro e israelense.
O passaporte do ex-presidente foi apreendido em fevereiro, na Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.
No mês passado, a defesa de Bolsonaro já solicitado a Moraes a devolução do passaporte, alegando que não foi apresentado nenhum “risco de fuga”. Os pediram que a proibição de deixar o país fosse substituída pela obrigação de pedir autorização um para afastamento maior do que sete dias. Esse pedido ainda não foi solicitado.
A relação entre Israel e o governo brasileiro entrou em crise após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparar a ofensiva contra o Hamas com o extermínio de judeus ocorrido na Segunda Guerra Mundial. Por isso, ele foi declarado “persona non grata” por Tel Aviv.