O ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, informou nesta última segunda-feira (3) que o presidente eleito Jair Bolsonaro terá uma assessoria especial de comunicação quando assumir o cargo.
A assessoria especial será um órgão subordinado à Presidência da República e independente da atual Secretaria Especial de Comunicação (Secom). Entre as atribuições, estará a gestão das redes sociais de Bolsonaro, além de atendimento à imprensa sobre assuntos relacionados diretamente ao presidente eleito.
A Secom tem sido uma das áreas disputadas no novo governo, chegando a provocar discórdia entre o vereador no Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, um dos filhos do presidente eleito e que coordenou a campanha nas mídias sociais, e o futuro ministro Gustavo Bebianno.
Por causa das disputas, Carlos deixou Brasília há alguns dias anunciando que estava se afastando da sua atuação neste setor. Apesar das polêmicas, Bolsonaro ainda quer convencer o filho, de alguma forma, mesmo que no Rio de Janeiro, a continuar ajudando no comando das postagens das redes sociais. Por isso, o governo quer reduzir o tamanho da Secom e focar os trabalhos na área digital.
A atual Secom continuará sob o comando da Secretaria-Geral da Presidência, que será comandada por Bebianno, mas tratará apenas dos assuntos de governo.
Na semana passada, o presidente eleito disse que o general da reserva Floriano Peixoto Vieira Neto poderá ir para a Secom. Hoje, Onyx Lorenzoni não deixou claro qual será a função de Floriano, mas lembrou que o general já é da equipe de transição e lida com a área de comunicação. A ideia é que o general possa cuidar dos contratos de publicidade do governo, área que gera preocupação entre a equipe presidencial.
Segundo Onyx, ainda não está definido quem será o porta-voz de Bolsonaro. A senadora Ana Amélia (PP-RS) é cotada para o cargo.