O assessor e um dos advogados de Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten, publicou em rede social nesta última sexta-feira (8), que o ex-presidente nunca teve qualquer ingerência na classificação de presentes. De acordo com o advogado, a tarefa cabia ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH) que adotou os procedimentos que entendeu correto, “sempre dentro da legislação”.
Ainda segundo a publicação de Wajngarten no Twitter/X, Bolsonaro “jamais teve acesso às informações sobre os presentes, quem os recebeu, quem os catalogou e muito menos aferir seus valores ou quem ficou com a guarda dos mesmos”.
Nessa semana, conforme Beatriz Olivon, do jornal Valor, a Polícia Federal aceitou fechar acordo de delação premiada com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente. Depois que a PF concluir a sua parte, o próximo passo será encaminhar o material para o Ministério Público Federal (MPF), que deverá se manifestar sobre as condições para o acordo a ser firmado. A delação ainda precisará ser homologada (confirmada) pelo Supremo.
O tenente-coronel é considerado peça-chave da investigação que apura a venda e a recompra de presentes oficiais recebidos por Bolsonaro durante o seu mandato. Uma operação deflagrada em 11 de agosto detalhou como joias e outros objetos foram vendidos nos Estados Unidos, onde o pai de Mauro Cid morava e para onde Bolsonaro foi após ser derrotado nas eleições.