O relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostrou que o ex-presidente Jair Bolsonaro movimentou R$ 800 mil durante viagem aos EUA, feita no final de 2022, antes do fim de seu mandato na República. Conforme apurou ‘O Globo’, o ‘repasse é apontado como o principal débito de Bolsonaro em uma conta que ele mantinha em um banco público’.
Segundo dados do Portal da Transparência, a ida de Bolsonaro a Orlando – onde ficou hospedado na casa do ex-lutador de MMA José Aldo – representou uma despesa média de R$ 7,1 mil por dia com os assessores. O valor representa mais do que outros ex-presidentes gastaram anualmente com despesas relacionadas a hospedagem e alimentação de servidores públicos.
Além da cifra movimentada antes de deixar o Brasil, o Coaf identificou outro repasse atípico de R$ 367.374, feito pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente – que também esteve em Orlando com Bolsonaro. Cid também teria movimentado R$ 3,2 milhões entre junho de 2022 e janeiro de 2023.
O relatório, enviado para a CPMI de 8 de janeiro, que investiga os atos golpistas contra os prédios dos Três Poderes, em Brasília, mostra contas controladas por Mauro Cid com entrada de R$ 1,8 milhão e saída de outros R$ 1,4 milhão. Bernardo Fenelon, advogado do ex-ajudante de ordens, afirmou que todas as movimentações já foram esclarecidas com a Polícia Federal.