Na noite desta última terça-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou a adoção do uso da linguagem neutra na Argentina em uma série de ‘tuítes’. O Ministério de Obras Públicas da Argentina oficializou o uso da linguagem neutra nos documentos oficiais da pasta. A decisão consta em edição do Diário Oficial do país, publicada na semana passada pelo governo peronista.
Eis a declaração de Bolsonaro no Twitter:
Lamento a oficialização do uso da “linguagem neutra” pela Argentina. No que isso ajuda o seu povo? A única mudança provocada é que agora há “desabastecimente”, “pobreze” e “desempregue”. Que Deus proteja os nossos irmãos argentinos e os ajude a sair dessa difícil situação.
No Brasil, a esquerda também parece obcecada em destruir nossos símbolos nacionais. Na verdade, essa é apenas mais uma forma de dividir o país, desrespeitando a sua cultura e suas tradições. Respeito se conquista com caráter, com trabalho, com valores, não com essas baboseiras.
Boa sorte a quem acredita que essas são as pautas mais importantes para um povo. Meu compromisso é o de seguir reduzindo a violência, criando um ambiente propício à geração de empregos, acelerando o crescimento da nossa economia e defendendo os valores sagrados da nossa pátria.
Linguagem neutra
Segundo o Gazeta Brasil, essa linguagem neutra visa incluir quem não se identifica com nenhum dos dois gêneros previstos na legislação brasileira – ou se reconhecem em ambos. São termos como elx, todes, meninx, menines que têm sido usados principalmente como luta identitárias de grupos LGBTQ+. Nesses casos, as letras que marcam o gênero, como “o” e “a”, são substituídas por terminações como “e”, “@”, “x” e “u”.