Jair Bolsonaro resolveu destravar as nomeações para os cargos de diretores de agências reguladoras.
Foi publicado nesta segunda-feira (4) no Diário Oficial os nomes de 24 indicados do governo para a Anvisa, ANP, ANA, ANS, Aneel, CVM, Cade, ANM, Antaq e ANTT. Todos tiveram seus nomes encaminhados ao Senado, que apreciará as indicações e os sabatinará.
Assessor especial de Marcelo Queiroga, Daniel Pereira teve o seu nome retirado pelo governo da indicação à uma diretoria da ANS. Mas não ficará no sereno. Foi indicado para a Anvisa na vaga de Cristina Jourdan.
Ex-diretor-adjunto na ANS Pereira se notabilizou em 2020 pela nomeação de Isabela Braga Netto, filha do agora ex-ministro da Defesa Braga Netto para um cargo de gerência na agência. Isabela, formada em Design, ocuparia um cargo técnico na agência que regula e fiscaliza os planos de saúde. Mas o fato tornou-se público e os envolvidos acharam mais prudente recuar da indicação. Paulo Rebello, atual diretor-presidente da ANS, trabalhou nos bastidores do Senado para torpedear essa indicação de Queiroga.
Ainda na ANS, Jorge Aquino Lopes, indicado pelo governo para ocupar uma diretoria, e cuja sabatina seria este mês, também teve o seu nome retirado. Foi substituído por Alexandre Fioranelli. Mas, com o apoio de Marcelo Queiroga e Flavio Bolsonaro, foi indicado para outra diretoria na mesma ANS.
Na lista publicada hoje no DO, há ainda outros nomes já sabatinados, mas ainda não submetidos à votação pelo plenário do Senado, foram retirados.
Como o da a servidora da ANP, Tabita Loureiro, que foi sabatinada há dois anos pela Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado — e nunca teve o seu nome levado ao plenário. Para o lugar de Tabita, o governo indicou agora Claudio Souza, também servidor de carreira da ANP e hoje diretor substituto da agência.
O mesmo aconteceu com Maurício Vasconcellos, que há um ano teve o seu nome encaminhado ao Senado para uma diretoria da ANA. Vasconcellos cedeu o lugar a Ana Carolina de Castro.